CIP: "Preocupa-me quando um líder de um partido é radicalmente contra descida de imposto para empresas"

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O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Armindo Monteiro, afirmou, esta segunda-feira, que "não é possível" defender que se apoia as empresas quando se está contra a redução de impostos que incidem sobre elas, criticando a posição "radical" do líder do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, relativamente à descida transversal do IRC.

"Preocupa-me quando um líder de um partido estabelece como princípio orientador ser radicalmente contra a descida de um imposto para as empresas", afirmou, num discurso durante o 9.º Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar, que decorre sob o mote "Crescimento e Sustentabilidade". 

Embora ressalvando que "a CIP não entra na discussão partidária", Armindo Monteiro não deixou passar em branco "o efervescente momento político" em torno da discussão do Orçamento do Estado para 2025, apontando que "não é possível compatibilizar o princípio de 'nós apoiamos as empresas' com o ser radicalmente contra a redução em qualquer formato da sua tributação". E, saudou, em sentido inverso, "o esforço" do Executivo liderado por Luís Montenegro de avançar com uma "medida económica que testemunha a importância das empresas".

Armindo Monteiro defendeu ainda que nem o cenário de uma governação em duodécimos nem o de eleições antecipadas, que seria "pior ainda", servem o país. Isto porque "quer as limitações do regime em duodécimos quer uma crise política, criariam um ambiente pouco propício à superação de desafios que Portugal enfrenta", sustentou, elencando uma série de exemplos, como a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a convergência com a Europa ou a transição energética ou digital.

"Parece-me evidente que é do interesse do país ter um instrumento de orientação financeira adequado às circunstâncias internas e externas", enfatizou.

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