Citigroup considera que eleições em França podem agitar ações europeias

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O banco refere que a expectativa do mercado para as eleições em França é de que os centristas vão conseguir encontrar um caminho para a vitória ou então chegar-se a um impasse. Mas, avisa o Citigroup, os investidores não estão a descontar um cenário de maioria da extrema-direita ou da extrema esquerda.

As eleições em França, com a primeira volta a realizar-se já este domingo, podem agitar os mercados acionistas na Europa, alerta o Citigroup, uma vez que os investidores não estão a considerar todos os cenários possíveis. E estes podem impactar as ações na região.

“O nosso modelo sugere que o mercado está a descontar algo entre um resultado benigno [com os centristas a conseguirem encontrar um caminho para a vitória] e um impasse”, afirma Beata Manthey, responsável pela estratégia global de ações do Citigroup, à “CNBC”. No entanto, refere, o “mercado não está a descontar uma maioria da extrema direita ou da extrema esquerda”.

O resultado “ainda é não é claro”, numa altura em que ainda “só temos sondagens para a primeira volta das eleições. Só saberemos mais no domingo à noite”, referiu. A última sondagem mostra que o partido de extrema-direita francês União Nacional (RN, na sigla em francês) mantém a liderança sobre a Frente Popular de esquerda e o bloco ‘macronista’. O RN tem 36% das intenções de voto, enquanto a coligação das esquerdas Frente Popular continua com 28,5% e o bloco do Presidente da República francês, Emmanuel Macron, se mantém nos 21%.

De acordo com a “CNBC”, os planos fiscais e de despesa do partido de extrema-direita e da coligação de esquerda preocupam os investidores, nomeadamente no mercado obrigacionista, numa altura em que alguns economistas alertaram que se qualquer um conseguir formar uma maioria e fazer aprovar as suas propostas, o país poderá cair numa crise da dívida.

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