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Uma mulher foi condenada a 18 meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 2.800 euros por ter colocado um gravador na roupa da filha para vigiar o ex-marido, na cidade de Cartagena, em Múrcia, Espanha.
A sentença foi confirmada pelo Tribunal Provincial de Múrcia após a condenada ter recorrido da decisão do Tribunal Penal de Cartagena.
Segundo a estação espanhola Telecinco, os factos ocorreram em novembro de 2018, quando a arguida colocou um dispositivo de gravação no forro do casaco de uma das filhas para "obter informações sobre o ex-marido".
A mulher alegou que tinha colocado o aparelho a gravar durante uma tarde em que a filha ia passear com o pai para saber onde é que as menores estavam, uma vez que o ex-marido não cumpria os horários de entrega das filhas.
No entanto, o tribunal não acreditou e referiu que existiam outras formas menos invasivas para controlar as crianças. Além disso, lembrou que o casal estava em processo de separação e o regime de guarda partilhada ainda não estava em vigor, motivo pelo qual não havia incumprimento de qualquer horário, e acusou a mulher de ter colocado o gravador no casaco para controlar a privacidade do ex-marido.
O Tribunal Provincial de Múrcia decidiu então manter a condenação por um crime de violação de segredo e acrescentou que a sentença pode ser objeto de recurso para o Supremo Tribunal.
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