Os destaque do duelo entre FC Porto e Moreirense da 18ª jornada da Liga Portugal Betclic. De forma esclarecedora, os dragões golearam, por 5-0, a formação de Moreira de Cónegos.
De pedra e cal
Exibição bastante personalizada do argentino contra o Moreirense. Importante em todos os momentos do jogo, seja sem bola, inteligente a pressionar e recuperar, seja com bola, essencial, ao marcar e assistir (por duas ocasiões). O meio-campo azul e branco vive um bom momento: Nico ganhou uma nova vida, Eustáquio tem cumprido, mas só há uma certeza: Alan Varela,, o único titular absoluto do setor.
E esta veia goleadora?
Sem a alternativa — Zaidu ausente, ao serviço da Nigéria no CAN — Wendell parece ter ganho outra confiança. Teve que conter o extremo adversário mais atrevido (missão concluída sem danos visíveis) e soube subir no terreno, aparecer por dentro e entrosar-se no ataque. Além disso, o que salta à vista é a principal razão para estar nesta lista: o bis, algo inédito para o jogador, de dragão ao peito.
Um ativo criativo
Camisola 10, baixa estatura, esquerdino e pinta de craque. O extremo português, muito ativo e sempre disponível para se dar ao jogo, mostrou o porquê de ser um dos homens do momento no Dragão. É um desequilibrador nato, com uma imaginação (e capacidade de execução, diga-se) ao alcance de poucos. Daquele pé esquerdo saem diamantes, cabe aos restantes jogadores aproveitá-los.
Aproveitar o doce momento
É mais um caso de aproveitamento, face à ausência do principal «concorrente» para o lugar. Taremi não está? Não há problema. Evanilson baixa, ajuda a construir, joga de costas para a baliza, cria e mantém o faro de golo. Nova exibição bastante positiva de um jogador a viver um grande momento.
Como lhe pegas, Wenderson
Galeno é um caso de estudo. Rápido, ágil e desequilibrador pelo flanco esquerdo. Não fosse a - por vezes - pouco apurada capacidade de decisão e estaríamos a falar de um caso ainda mais sério. No duelo deste sábado, além de deixar positivas indicações, Galeno mostrou acerto na hora decisiva, como provado no lance do belo golo.
Remar contra a maré
Se a maré faz o marinheiro, o avançado está, ao menos, mais forte. Desafio muito difícil, ainda assim todas as iniciativas forasteiras passaram pelos pés e pela vontade de Kodisang. Face às subidas de Wendell, teve ao seu dispor algum espaço direita. Nem sempre foi bem servido, mas deu-se ao jogo, foi para cima e tentou desequilibrar. Há que dar mérito ao esforço.
Acudam
Apanhou um Francisco Conceição em grande forma, um João Mário que não se importa de subir e ter bola e um Pepê que até agradece quando descai mais para a direita e vê o jogo de uma faixa para o centro. Pouco acompanhado (exibição também pouco apagada de Camacho), Pedro Amador não conseguiu incomodar o flanco direito azul e branco e foi presa fácil.