Companhia de navegação usa transporte rodoviário entre dois portos para evitar ataques dos Houthis.
Como contornar a crise do Mar Vermelho? Basta fazer dois mil km por estrada. Esta foi a alternativa encontrada por uma companhia de navegação para evitar ter de fazer a rota de Vasco da Gama, pela África do Sul, devido aos ataques dos Houthis no Mar Vermelho.
A Maersk está a descarregar mercadoria no porto do Dubai nos Emirados Árabes Unidos e envia-a através de camiões para o porto de Jeddah na costa oeste da Arábia Saudita. Depois, volta a carregar a mercadoria num navio para a enviar para a Europa, poupando 70% do tempo e 30% dos custos face ao envio pela África do Sul.
A rota passa pela cidade de Riade, a capital da Arábia Saudita (na foto), dura mais de 19 horas, num total de 1.941 km.
A nova estratégia foi revelada por Christopher Cook, responsável da Maersk, ao jornal espanhol “El Economista”.
A companhia dinamarquesa suspendeu todas as suas operações no Canal do Suez depois de um dos seus cargueiros ter sofrido um ataque por parte das milícias Houthis.
“Tivemos muitos ataques diretos aos nossos navios e aos nossos marinheiros, pelo que para garantir a segurança deles e dos nossos clientes e continuar com as nossas operações, tivemos que desviar as rotas pelo Cabo da Boa Esperança, aumentando os tempos de trânsito em duas semanas”, afirmou o responsável.
Os Houthis têm atacado navios no Mar Vermelho em protesto contra a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza.