Apesar de nova deterioração na confiança dos empresários, as expectativas de preços de venda e custos mantiveram-se relativamente contidas, deixando antever nova descida da inflação até final do ano, sobretudo do lado dos serviços.
A confiança dos empresários na zona euro voltou a recuar em setembro e abaixo do esperado, pressionada sobretudo pela situação débil em França e na Alemanha. A boa notícia vem do lado dos preços, com as expectativas relativas à inflação nos custos intermédios e aos salários a recuarem.
O índice de confiança dos empresários compilado pela Comissão Europeia caiu de 96,5 em agosto para 96,2, isto quando os analistas apontavam para uma leitura sem variação. A indústria e o retalho voltaram a registar deteriorações da confiança, mas houve um movimento inverso do lado dos serviços e da construção.
Por país, Alemanha e França voltaram a cair, sendo que a economia alemã regista mínimos de sete meses com 89,3 pontos, enquanto Espanha voltou a subir, liderando o bloco com 107,3 pontos.
Estas descidas ficam em linha com os índices de gestores de compras (PMI) para este mês, que também mostraram nova deterioração da atividade económica no bloco da moeda única.
Ainda assim, os subindicadores referentes à dinâmica de preços mostraram novo alívio, o que serão certamente boas notícias para os decisores de política monetária. As expectativas de preços de venda mantiveram-se estáveis no retalho e nos serviços, sendo que o sector terciário tem mostrado uma inflação consistentemente mais alta e persistente do que o resto da economia, tornando-se o foco do problema dos preços na zona euro nos últimos trimestres.
Do lado do emprego, e apesar dos receios com uma subida do desemprego nos próximos meses, o indicador da Comissão Europeia não aponta para uma redução, embora continue consistente com um abrandamento claro na criação de emprego.
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