Conflito entre Israel e Hezbollah pode desencadear "guerra regional"

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"Uma nova guerra entre Israel e o Hezbollah poderia facilmente tornar-se uma guerra regional, com consequências desastrosas para o Médio Oriente", declarou o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, ao receber o homólogo israelita, Yoav Gallant, no Pentágono (sede do Departamento de Defesa dos EUA).

"A diplomacia é de longe a melhor forma de evitar uma nova escalada", acrescentou.

Por seu lado, Gallant ressalvou que Israel está a trabalhar "em estreita colaboração" com os EUA para se chegar a um acordo para cessar as hostilidades em curso na região, salientando, porém, que "todos têm de estar preparados para todos os cenários".

A guerra em curso na Faixa de Gaza, desencadeada a 07 de outubro de 2023 por um ataque do Hamas no sul de Israel, conduziu a uma escalada militar na fronteira norte de Israel com o Líbano, aumentando os receios de que o conflito possa alastrar.

A troca de tiros entre o exército israelita e o Hezbollah libanês, um poderoso movimento islâmico aliado do Hamas, armado e financiado pelo Irão, provocou a deslocação de dezenas de milhares de habitantes das zonas fronteiriças do sul do Líbano e do norte de Israel.

Hoje, o ministro da Defesa israelita prosseguiu as consultas com responsáveis norte-americanos em Washington, num contexto de tensões com a administração do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre o fornecimento de armas a Israel.

Na segunda-feira, Yoav Gallant foi recebido pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que também apelou a Israel para evitar uma nova escalada no Líbano.

Os dois representantes também abordaram os esforços para ser alcançado um acordo sobre a libertação dos reféns detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.

O ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 37.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.

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