Confrontos entre milícias líbias apesar de acordo para saírem de Tripoli

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Os confrontos opuseram as Forças Especiais de Dissuasão (Rada) e o Aparelho de Apoio à Estabilidade (SSA).

O som dos tiros e a mobilização militar provocaram o pânico entre a população, que está a viver os dias festivos do Aid al-Fitr (fim do jejum).

A calma foi restabelecida ao fim da noite com a retirada das milícias, sem que tenham sido registadas quaisquer baixas, noticiou a agência espanhola EFE.

No final de fevereiro, o ministro do Interior do GUN, Imed Trabelsi, anunciou a expulsão dos grupos armados, que atuam como agentes de segurança, do centro de Tripoli.

A decisão seguiu-se a um incidente violento ocorrido em 17 de fevereiro, em que foram mortas 10 pessoas, incluindo membros da SSA, na zona de Abu Salim, controlada por esta fação.

O prazo era terça-feira, fim do Ramadão, que deu lugar a três feriados públicos para comemorar o fim do jejum.

Várias milícias e formações ligadas ao GUN operam como forças de segurança na parte ocidental do país dividido e têm-se envolvido em confrontos esporádicos pelo controlo e influência territoriais.

O GUN decidiu retirar os grupos armados do centro da capital, principalmente Rada, SSA, Força de Segurança Geral, Brigada 444 e Brigada 111, e transferir o controlo para a Direção de Segurança de Tripoli.

Após a revolução de fevereiro de 2011, a luta contra Muammar Kadhafi e a deriva bélica da Líbia, com a intervenção da NATO, levaram à formação de uma multiplicidade de grupos armados.

Posteriormente integrados no Estado, estes grupos recrutam jovens desempregados, apesar de vários serem acusadas de violações dos direitos humanos, como demonstrou o relatório de 2023 da Missão de Averiguação Independente da ONU.

A missão da ONU na Líbia alertou em numerosas ocasiões para os riscos colocados pelas rivalidades entre os grupos armados que ameaçam a frágil segurança do país do Magrebe, no Norte da África.

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