Conselho de Segurança da ONU reúne-se para discutir ataque de Israel ao Irão

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O encontro foi solicitado pelo Irão, com o apoio da Argélia, China e Rússia.

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se com carácter de urgência, nesta segunda-feira, para debater o ataque de Israel contra o Irão, conforme informado pela presidência do Conselho, atualmente exercida pela Suíça, neste domingo. O encontro foi solicitado pelo Irão, com o apoio da Argélia, China e Rússia.

“O regime israelita representa uma grave ameaça à paz e segurança internacionais e agrava ainda mais uma região já frágil”, afirmou o ministro das Relações Exteriores do Irão, Abbas Araqchi, em carta endereçada aos 15 membros do Conselho no sábado. Araqchi ainda destacou que “a República Islâmica do Irão, em consonância com os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas e sob o direito internacional, reserva o seu direito inerente de resposta legal e legítima a esses ataques criminosos no momento apropriado”.

No sábado, antes do amanhecer, a Força Aérea de Israel mobilizou dezenas de caças em três ondas de bombardeios, atacando fábricas de mísseis e outros alvos próximos a Teerão e em regiões ocidentais do Irão. De acordo com as autoridades israelitas, a ação foi uma retaliação ao ataque realizado pelo Irão a 1 de outubro, no qual cerca de 200 mísseis balísticos foram lançados contra Israel. Após os bombardeios mais recentes, Israel alertou o Irão contra qualquer tentativa de retaliação.

O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, rejeitou a queixa do Irão, argumentando que o país está “a tentar agir contra nós na arena diplomática com a alegação absurda de que Israel violou o direito internacional”. Em declarações emitidas no domingo, Danon afirmou: “Como temos declarado repetidas vezes, temos o direito e o dever de nos defender e utilizaremos todos os meios ao nosso dispor para proteger os cidadãos de Israel”.

No contexto da escalada de tensões, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou a que “todas as partes cessem ações militares, inclusive em Gaza e no Líbano, envidem esforços máximos para evitar uma guerra regional total e retornem ao caminho da diplomacia”, conforme comunicado do seu porta-voz.

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