Correu sozinho porque os adversários fugiram do antidoping e agora... testou positivo!

9 meses atrás 110

Foi uma das notícias mais insólitas dos últimos meses e esta quarta-feira teve um novo capítulo, que ainda dá um cariz mais surrealista a todos os factos. A 26 de setembro, durante os campeonatos regionais de atletismo de Nova Deli, na Índia, mais de metade dos atletas inscritos fugiram do estádio no último dia de provas quando souberam da presença dos agentes da autoridade antidoping (NADA) e um dos competidores, que supostamente estaria limpo, apresentou-se na prova de 100 metros para correr sozinho. Agora, dois meses e meio depois, chegou o resultado do controlo feito nesse dia a esse velocista: positivo!

Segundo o jornal 'The Indian Express', Lalit Kumar, o atleta em causa, acusou drostanolona, uma substância frequentemente utilizada no âmbito de musculação, com o propósito para aumentar a força e reduzir a gordura. Confrontado com os resultados, Kumar garantiu que não tomou qualquer substância proibida. "Se tivesse tomado alguma coisa, teria fugido como os outros. Nunca tomei substâncias proibidas. Sinto que alguns treinadores estão envolvidos nisto para me incriminar", disse o jovem, de 18 anos, na sua defesa.

Por não ter meios financeiros para tal, Kumar não irá avançar para contraanálise. "Fui ter com a NADA e disseram-me que precisava de pagar 16.500 rupias [183 euros] para a fazer. A minha carreira está arruinada mesmo antes de começar. Para recorrer, tenho de ter algum tipo de prova e não a tenho. Tomei apenas proteína e talvez estivesse contaminada", justificou o jovem, que muito dificilmente escapará a um punição, tal como todos aqueles que naquele dia fugiram.

Recorde-se que nesse fim de semana foram encontrados nas casas de banho do estádio objetos claramente incriminatórios, como seringas contendo vestígios de EPO, substância dopante que há vários anos esteve nas bocas do mundo pela utilização do ciclismo e que agora tem sido recorrentemente detetada no atletismo, especialmente no Quénia. Além dos sprinters que nem se apresentaram, houve até um episódio na prova dos 3.000 metros obstáculos, no qual a vencedora acabou a prova, continuou a correr e foi embora do estádio. Tudo para evitar os controlos antidoping posteriores à prova.

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