O líder do PS Madeira defendeu que é preciso aguardar o desfecho do processo sobre suspeitas de corrupção no arquipélago mas mantém a convicção de que só as eleições antecipadas poderão clarificar a situação política.
O presidente do PS Madeira, Paulo Cafôfo, disse que é preciso aguardar o desfecho do processo sobre suspeitas de corrupção na Madeira, em reação à libertação dos três detidos em consequência das 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias, que decorreram a 24 de janeiro, na Região Autónoma da Madeira (Funchal, Câmara de Lobos, Machico e Ribeira Brava), na Grande Lisboa (Oeiras, Linda-a-Velha, Porto Salvo, Bucelas e Lisboa) e, ainda, em Braga, Porto, Paredes, Aguiar da Beira e Ponta Delgada.
O dirigente socialista disse acreditar que a justiça vai “imperar” tal como “acreditamos que nesta Região há uma rede de conluio e de favorecimentos que temos denunciado, sobre a qual cabe à Justiça tomar as respetivas decisões”.
Cafôfo acrescentou que o processo se mantém em averiguação e que o PS mantém a sua posição inalterada. Ou seja, continua a defender a realização de eleições antecipadas referindo que esta “é a melhor forma de clarificar toda esta situação”.
Juiz determinou libertação de detidos
O juiz determinou na passada quarta-feira a libertação do presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, que já tinha renunciado ao mandato como resultado das buscas de 24 de janeiro, do chairman do Grupo AFA, Avelino Farinha, e do CEO da Socicorreia. Foi determinado termo de identidade e residência. O juiz considerou não existirem indícios de corrupção. O Ministério Público tinha defendido prisão preventiva para os três detidos.
O Ministério Público já afirmou que vai recorrer da decisão da passada quarta-feira.