Cortes nas taxas de juros? “É prematuro discutir”, avisa Lagarde

8 meses atrás 54

A possibilidade de cortes nas taxas de juros este ano não foi sequer discutida na primeira reunião do BCE deste ano.

Christine Lagarde disse hoje que a possibilidade de cortes nas taxas de juros nos próximos meses não foi sequer discutida na reunião do Banco Central Europeu (BCE) desta quinta-feira.

“É prematuro discutir cortes nas taxas de juros”, disse hoje a presidente do BCE na habitual conferência de imprensa após a primeira reunião deste ano.

“Houve um consenso na mesa, temos de continuar a estar dependentes de dados”, afirmou. “Em vez de estarmos fixados num calendário, reafirmamos que estamos dependentes de dados”.

Questionada sobre a possibilidade de constrangimentos na cadeia de abastecimento global com a tensão no Mar Vermelho, a responsável fez questão de distinguir entre a situação atual e a vivida durante a Covid-19, que considerou mais grave.

No entanto, o BCE disse estar a “observar atentamente” e reconheceu que já houve um aumento nos custos dos fretes e dos atrasos nas entregas dos bens.

O BCE decidiu hoje manter as taxas de juro de refinanciamento, dos empréstimos marginais e dos depósitos em 4,50%, 4,75% e 4,00%, respetivamente.

“O Conselho do BCE está determinado em assegurar que a inflação regressa à meta de 2% de forma ordeira”, disse hoje a presidente do Banco Central Europeu (BCE) na primeira conferência de imprensa do ano. “O Conselho considera que as taxas de juro do BCE estão em níveis que, se mantidas durante tempo suficiente, vão fazer uma contribuição substancial para esta meta”.

“O apertar das condições de financiamento estão a impactar a procura, e isto está a ajuda a baixar a inflação”, acrescentou Christine Lagarde.

A responsável deu garantias aos mercados de que o BCE está “disposto a manter os juros restritivos durante o tempo que for necessário”.

Lagarde destacou que as subidas anteriores das taxas de juro foram “transmitidas forçosamente às condições de financiamento”.

Também sublinhou que apesar do impacto da energia na inflação principal, a trajetória de declínio na inflação subjacente manteve-se.

Christine Lagarde garantiu que o BCE vai continuar a adotar uma abordagem “dependente de dados para determinar os níveis aproprivados e a duração da restrição”.

O BCE vai continua atento “ao outlook da inflação” com a chegada de mais dados económicos e financeiros, as dinÂmicas da inflação subjacente e a força de transmissão da política monetária”sapo

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