Costa prometeu aumento de capital para resolver confronto entre Medina e presidente da AdP

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Fernando Medina forçou a distribuição de um dividendo extraordinário da AdP, mas o presidente da empresa exigiu que os 100 milhões fossem devolvidos. Contra a vontade do seu ministro das Finanças, António Costa prometeu aumento de capital que agora falhou.

Os últimos dias de 2023 foram duros para as empresas públicas, com Fernando Medina a usar os saldos depositados no IGCP no âmbito da “operação especial” para baixar a dívida pública para menos de 100% do PIB.

O Jornal Económico confirmou que foi por pressão do então Ministro das Finanças que a Águas de Portugal (AdP) pagou um dividendo extraordinário de 100 milhões de euros à Parpública (seu acionista com 81%) e à a CGD (que tem 19%) no final de 2023. Medina invocou o interesse nacional. Mas José Athayde Furtado, que acaba de se demitir da presidência da AdP, disse ao ministro que só aceitaria com a condição de os 100 milhões de euros serem devolvidos à empresa.

Fernando Medina e José Athayde Furtado entraram então em confronto direto sobre o tema e foi chamado a intervir o então primeiro-ministro António Costa, para encontrar uma solução que desbloqueasse a distribuição de dividendos. Foi então que António Costa prometeu a José Athayde Furtado que a Parpública avançaria com uma proposta de aumento de capital de 100 milhões, em compensação, Mas Medina, que tutelava a Parpública e a CGD, nunca deu indicação para qualquer aumento de capital na Águas de Portugal, contrariando a promessa de Costa. Aliás não tinha qualquer intenção de “devolver” os 100 milhões à empresa pública.

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