O jornal digital espanhol “El Economista” conta esta quinta-feira histórias de “trabalhadores fantasma” que aproveitaram os cargos para contornar as regras contratuais do Estado e nunca foram trabalhar, continuando a receber o salário mensal.
Expedientes para enganar o Estado não faltam em todo o lado. O jornal espanhol “El Economista” conta esta quinta-feira histórias de “trabalhadores fantasma” que aproveitaram os cargos para contornar as regras contratuais do Estado e nunca foram trabalhar, continuando a receber o salário mensal.
“Embora não seja um fenómeno que se repita frequentemente em Espanha, e menos ainda entre os trabalhadores do Estado, dois casos vêm à tona”, escreve o “El Economista”. O jornal também conta a história de um terceiro, passada em Itália.
As três histórias têm desfechos diferentes. Um engenheiro reformado de 75 anos protagoniza um dos casos. Indicado para receber uma distinção pelos 20 anos de trabalho, foi descoberto que tinha estado seis anos sem trabalhar e a receber o salário. Um tribunal multou-o por “absentismo no trabalho”, no equivalente a um ano de salário líquido.
Outro caso. Um funcionário do Conselho Provincial de Valência passou dez anos sem trabalhar e foi descoberto em agosto de 2017 e condenado, em 2018, a nove anos de suspensão de funções por ter cometido uma “violação gravíssima e outra violação grave e continuada do Estatuto Básico dos Funcionários Públicos”.
O terceiro caso que o “El Economista” repesca é o de um funcionário público italiano que esteve sem trabalhar durante 15 anos, totalizando o recebimento de 538 mil euros de salários. Terá contado com o encobrimento dos superiores, mas foi finalmente apanhado, acusado e condenado e, segundo a agência de notícias italiana Ansa, citada pelo jornal espanhol, terá de devolver os mais de meio milhão de euros que ganhou sem trabalhar.