Crise na Madeira. Autoridades encontram 30 mil euros em dinheiro vivo na posse de Pedro Calado

7 meses atrás 64

Descoberta foi feita durante buscas de quarta-feira à casa do presidente da Câmara do Funchal detido. Cerca de 10 mil euros foram encontrados em casa da mãe, que seria sua testa-de-ferro.

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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

As autoridades encontraram quase 100 mil euros, incluindo 30 mil em dinheiro vivo, na posse de Pedro Calado, presidente da câmara do Funchal e antigo número 2 de Miguel Albuquerque no Governo Regional da Madeira, que terão origem nos alegados esquemas de corrupção pelos quais foi detido.

Segundo a CNN Portugal revelou, esta sexta-feira, parte do valor numerário (20 mil euros em notas) foi encontrada na residência do autarca, com outra parte (10 mil euros) a ser descoberta na casa da mãe de Pedro Calado. A descoberta dos valores foi feita esta quarta-feira, aquando das buscas à casa de Calado.

Várias provas da investigação, incluindo escutas telefónicas, indicam que a mãe do governante regional funcionaria como testa-de-ferro do filho. É expectável, avança a mesma estação televisiva, que a mãe de Pedro Calado seja constituída arguida por branqueamento de capitais. A acusação do Ministério Público a que a CNN Portugal teve acesso diz que esta “durante período de tempo indeterminado, terá recebido quantias, pelo menos, em numerário que, depois, transferiu para as contas daquele”.

Além do dinheiro encontrado nas casas, a Polícia Judiciária terá ainda identificado nas contas de Pedro Calado montantes elevados de origem suspeita. Estes valores correspondem a depósitos de 67 mil euros efetuados entre os anos de 2018 e 2021 — aqueles em que exerceu o cargo de vice-presidente do executivo regional.

A suspeita da investigação é de que estes valores estão ligados a acordos ilícitos celebrados com empresas de construção, que resultaram em benefícios de a grandes empresas como o grupo AFA, que detém os hotéis Savoy, a Socicorreia ou a sociedade Caldeira e Costa. Os contratos adjudicados, alega-se, compreendem valores globais que chegam às centenas de milhões de euros.

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