CRÓNICA | Assim ninguém quer andar sozinho

2 semanas atrás 47

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— DAZN Portugal (@DAZNPortugal) May 1, 2024

Visto isto, é impossível olhar para esta vitória do Dortmund - 1-0, frente ao Paris SG na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões - e não pensar: «Já só faltam 90 minutos.»

Com menos favoritismo, como foi na fase de grupos e nos quartos de final, o Dortmund voltou a suportar-se no sempre impressionante Signal Iduna Park, perito em deixar o mundo boquiaberto e em empurrar onze homens rumo ao objetivo comum.

Duelos de interesse

Hummels e Schlotterbeck vs Mbappé, Sabitzer vs Donnaruma e Dembélé vs o lado esquerdo da defesa amarela. A primeira parte esteve repleta de duelos peculiares, cativantes e agradáveis. Numa primeira parte equilibrada, mas a espaços dominada pelos alemães, Dembélé foi o mais inconformado, único francês a remar contra a maré. Pelo flanco direito, criou, tentou assistir e visou a baliza, sempre sem êxito.

Contudo, como referido, foi o Dortmund que andou mais perto do golo e Sabitzer foi o maior exemplo disso: obrigou Donnaruma a, pelos. O trabalho dos centrais alemães, com a dura tarefa de secar Kylian Mbappé, foi irrepreensível. Secaram os adversários e, como se não bastasse, construíram o golo. 

Schlotterbeck, sem fazer prever e com a bola ainda atrás do meio-campo, serviu Füllkrug, até então algo desaparecido, com conta peso e medida. O avançado isolou-se e ficou na cara do golo: frente ao italiano, escolheu um lado e rematou seco para abrir o marcador.

Toma lá, dá cá

O intervalo foi bom, essencial até, para o Paris SG. Após o refrescar de ideias, os franceses viveram o melhor período. Essa fase, que quiçá justificava um golo, viu o auge quando, no mesmo lance, Mbappé e Hakimi atiraram aos dois postes da baliza de Kobel.

Recomposto, o Dortmund aproveitou o marcador do primeiro golo para voltar a incomodar. Füllkrug dispôs de duas ocasiões de ouro para dilatar a vantagem, mas, menos inspirado, o avançado desperdiçou-as. 

Reequilibrada a balança, a segunda parte também providenciou embates de alto calibre e Sancho vs Nuno Mendes foi um dos melhores: o inglês fez o que quis do português, que foi atormentado durante os 90 minutos. Por outro lado, Vitinha, o outro português em campo, foi um dos melhores em campo.

Até ao final, as oportunidades dividiram-se. Dembélé continuou o festival de desperdícios e Brandt fascinou-se com o espaço e perdeu um lance capital. O tempo passou, o cansaço notou-se, mas o fim, inevitável, chegou. Desta feita, na cabeça de qualquer adepto alemão, depois da grandiosidade da noite, o «ainda faltam 90 minutos» caiu por terra. «Já só faltam 90».

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