CRÓNICA | Avanti, campioni!

3 meses atrás 78

O Campeonato Europeu e as suas emoções são sempre dos momentos altos dos anos em que se realizam. A Itália, velha conhecida e campeã reconhecida. A Albânia, da vontade de ser a revelação depois da revolução. Em Dortmund, houve história e pode ser o primeiro passo para o resto da mesma. A squadra azzurra venceu por 2-1.

Luciano Spalletti não surpreendeu nas opções, mas optou pelo 4x2x31 com Nicolò Barella e Jorginho no meio-campo e Lorenzo Pellegrini atrás de Gianluca Scamacca. Do outro, Sylvinho optou por um 4x3x3 em que Enea Mihaj - defesa central do FC Famalicão - não entrou nas contas, mas sem grandes surpresas no restante.

23 segundos

Golo mais rápido da história dos Campeonatos Europeus. Nem deu verdadeiramente tempo para assimilar o apito inicial do árbitro e Nedim Bajrami já estava a bater Gigi Donnarumma do lado contrário. Mais uma linha de história escrita nos livros do futebol e ainda ninguém tinha bem percebido que o jogo acabaria de começar.

No entanto, a Itália não se quis deixar adormecer - e são equipa com qualidade para demonstrar isso mesmo. Correram atrás do resultado e, com propensão ofensiva, não precisaram de muito tempo para dar a volta ao rumo dos acontecimentos.

O empate surge logo aos dez minutos. Jogada estudada. Canto curto. Lorenzo Pellegrini cruza. Alessandro Bastoni certeiro de cabeça. Classe italiana que não deixou a desejar. Sinceramente, até Luciano Spalletti se deve ter deliciado com a sequência.

Rédeas do jogo completamente assumidas por Itália e foi a vez de passar a controlar o duelo de vez. Que o diga Nicolò Barella com um verdadeiro míssil disparado para o golo da reviravolta, à passagem do primeiro quarto de hora. Domínio.

Pé no travão

A verdade é mesmo essa. Efetivamente, a seleção italiana conseguiu deter o controlo do jogo, mas do resultado? Nem tanto. A Albânia de Sylvinho permaneceu na procura da surpresa.

Com a tarefa defensiva bem alinhada, os albaneses - mesmo a perder - tentavam controlar as ofensivas italianas e, ao tentar aproveitar os erros adversários, conseguiam aproximar-se da área de Donnarumma - que o diga a defesa de elevadíssimo nível que faz a um remate de Rey Manaj em cima no minuto final do tempo regulamentar.

Mesmo assim, e de lição estudada atrás do meio-campo, a Albânia continuou a carregar sobre a defesa italiana. Depois de um jogo com algumas dificuldades em atravessar a linha divisória, fizeram de tudo para pressionar a muralha campeã, mas, simplesmente, foi impossível fazer mais do que a surpresa inicial.

A campeã europeia permanece viva - e bem viva -, mesmo com sustos e uma vitória suada. Que os olhos se mantenham sobre esta Albânia - uma Albânia de grande classe.

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