CRÓNICA | Chaves perdidas no formigueiro

6 meses atrás 80

Se o GD Chaves cair da Liga Portugal Betclic no fim da temporada, a hora de pensar no que podia ter corrido de forma diferente trará rapidamente a memória deste domingo...

Na receção Portimonense, outra equipa da zona vermelha da tabela, os flavienses sabiam que tinham de aproveitar o fator casa e a acessibilidade do adversário para assegurar três importantes pontos na luta pela permanência. Com isso em mente, a equipa de Moreno esteve por duas vezes em vantagem, mas acabou deixar a linha de água ficar mais longe, ao sofrer a reviravolta com um golaço algarvio já para lá dos 90.

Motivados para agarrar a vida

Ciente das dimensões deste jogo do fundo da tabela, os transmontanos fizeram-se valentes e assumiram as despesas do jogo com bola, mesmo que inicialmente tenham mostrado alguma dificuldade na chegada ao último terço. Sanca sempre foi um recurso importante para ganhar metros, quando o coletivo não o conseguia.

Corria o 23 minuto do jogo quando se celebrou pela primeira vez no Estádio Manuel Branco Teixeira. O motivo foi a o facto de Raphael Guzzo ter sido derrubado por Alemão, gerando uma grande penalidade. Héctor Hernández converteu, chegando ao seu 14º golo em 27 jogos na Liga e colocando o GD Chaves em vantagem no marcador.

Depois do golo ficou bem mais difícil segurar a bola e o Portimonense ganhou coragem para tentar algumas incursões. A equipa de Paulo Sérgio demorou a ganhar entrosamento, numa tarde em que houve duas estreias a titular (Tamble Monteiro e Taichi Fukui), mas conseguiu encontrar-se no jogo a tempo de fazer estragos.

A vantagem do GD Chaves era merecida e quase foi ampliada na segunda parte, num par de lances perigosos, mas o avançar do jogo e as mexidas dos treinadores mudaram o rumo de um jogo que inicialmente parecia destinado aos da casa.

Primeiro foi Carlinhos, habitual herói alvinegro, a marcar, com um desvio oportuno depois de um erro defensivo de Rodrigo Moura e Vasco Fernandes. Esse erro foi corrigido quatro minutos depois, quando João Correia, recém-lançado no jogo, apareceu no fim de um passe fantástico de Ricardo Guima e bateu Nakamura para voltar a colocar a formação de Chaves na frente.

Moreno suspirou de alívio, mantendo a vantagem que deixaria a sua equipa a apenas um ponto deste adversário, mas aos 83 minutos voltou a deixar cair a cabeça, quando Midana Cassamá marcou na sequência de um lance de bola parada. O golpe já era duro, mas a espada algarvia ainda iria mais fundo...

Foi no primeiro minuto da compensação, já depois de João Correia ter falhado o bis e assistido um golo anulado a Jô Batista, que o Portimonense consumou a reviravolta. Um golaço! Igor Formiga, que ainda não tinha marcado no futebol europeu, levantou a cabeça e atirou de muito longe para o 3-2 que assombrará os pesadelos flavienses. Portimonense mais perto de ficar, GD Chaves bem mais longe.

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