CRÓNICA | De anulado em anulado até aos validados

Mais três pontos para o Moreirense, agora em Portimão. O conjunto de Rui Borges venceu por 0-2 e colocou um ponto final numa sequência de quatro partidas consecutivas sem conhecer o sabor do triunfo - diante de Vitória SC, Estrela da Amadora, Benfica e Gil Vicente.

Paulo Sérgio apostou em Igor Formiga e Luan Campos nos lugares que pertenceram a Guga e Midana Cassamá. Do outro lado, Marcelo, André Castro, Luís Asué e Matheus Aiás saltaram para o onze inicial e ocuparam os postos de Carlos Ponck, Gonçalo Franco, Kobamelo Kodisang e Vinicius Mingotti.

Dois golos e nenhum validado

Bom tempo, algum público nas bancadas e duas equipas capazes de criar perigo no último terço contrário. Esta é uma descrição adequada relativamente ao que aconteceu nos primeiros minutos em Portimão. Fabiano Souza deu o primeiro aviso, fruto de um remate já dentro da área, apenas travado pela trave da baliza defendida por Nakamura.

Apesar da investida inicial com peso e medida, o Portimonense não se inibiu de responder na mesma moeda. Carlinhos, pois claro. Um dos jogadores em melhor forma no conjunto algarvio ganhou espaço, tirou um adversário da frente e testou os reflexos de Caio Secco, a cumprir a segunda titularidade consecutiva nesta reta final de campeonato.

A partir daqui, o jogo ganhou outro tipo de contornos. Falamos de dois golos... anulados, um para cada lado. Na sequência de um pontapé livre, Matheus Aiás inaugurou o marcador, mas João Camacho, o extremo que cruzou para dentro da área, estava fora-de-jogo e o lance terminou anulado.

Os comandados de Paulo Sérgio não quiseram ficar atrás e desenharam um cenário praticamente idêntico. Carlinhos cruzou para dentro da área (também numa bola parada) e Tamble Monteiro, que nem chega a tocar no esférico (mas interfere), estava fora-de-jogo por... dois centímetros. Infelicidade e falta de sorte para dois conjuntos com nota mais nesta partida. Bela primeira parte.

Dois golos e um validado

Não, caro leitor. Não nos enganamos. A história na segunda parte teve semelhanças com a primeira, na medida em que existiu um golo anulado, novamente ao Portimonense. Alemão aproveitou uma defesa incompleta de Caio Secco para um desvio de cabeça. No entanto, o central estava em posição irregular e o resultado permaneceu inalterado.

«Água mole em pedra dura tanto bate até que fura». Um provérbio português várias vezes utilizado e que foi colocado em prática por parte do Moreirense, agora em Portimão. Marcelo ganhou a primeira bola, Maracás apareceu ao segundo poste e, mais alto que o seu adversário direto, cabeceou para dentro da baliza defendida por Nakamura.

O ponto final no resultado chegou no tempo de compensação, fruto de uma assistência de... Caio Secco. O guarda-redes bateu longo, Camacho ganhou espaço e Nakamura não calculou bem a saída da baliza. De primeira, o camisola 19 sentenciou a partida e carimbou mais três pontos!