CRÓNICA | Despedida em grande

6 meses atrás 54

Oito golos, dois penáltis, lances individuais fantásticos, muitas oportunidades, grandes defesas, dois golos invalidados, uma eventual despedida (Artur Jorge confirmou, em flash interview, que há acordo entre os dois clubes) no corpo técnico... mas a certeza que nada faltou a este jogo?

Posto isto, o SC Braga venceu na visita ao Portimonense (3-5) e reentra na luta pelo pódio, num jogo que pode ter marcado o último jogo de Artur Jorge na equipa técnica do emblema bracarense. Do outro lado, o Portimonense soma o oitavo jogo sem vencer - é a pior defesa da Liga - permanece no 16º posto.

Em relação ao jogo, ambos os técnicos viram-se privados das suas principais referências - Carlinhos, do lado de Portimão e Ricardo Horta, do lado bracarense -, sendo que, Artur Jorge não apresentou grandes surpresas - Joe Mendes entrou para o lugar de Borja e Niakaté para o lugar de Paulo Oliveira -, enquanto Paulo Sérgio operou três mudanças - saiu Carlinhos, Formiga e Carrillo para os lugares de Cassamá, Guga e Estrela.

Roger + 10

Assim se explica a vantagem e os dois golos do SC Braga no primeiro tempo. O Portimonense nem começou mal - atrevido (talvez de forma excessiva) -, contudo, após um cruzamento inconsequente de Seck - mas muito bem tirado, diga-se - o conjunto minhoto saiu em contra ataque e surgiu... Roger. O menino de 18 anos, na primeira brecha que encontrou, abriu o livro.

Solto no corredor direito, o criativo isolou Bruma - grande passe a fazer uma curva espetacular - que, de forma pouco ortodoxa mas muito eficaz - desviou a bola de Nakamura. Apesar da desvantagem, o emblema de Portimão não baixou os braços e, de grande penalidade - Serdar Saatci pisou Hélio Varela dentro de área -, Pedrão não desperdiçou. 1-1 e domínio da equipa da casa até aparecer, mais uma vez, Roger Fernandes.

Desta feita no papel de finalizador, Roger soltou-se da marcação e, descoberto por Rodrigo Salazar - passe de génio do uruguaio -, dominou de peito e colocou o SC Braga em vantagem. Curiosamente, contra a maré do jogo, os arsenalistas colocaram-se em vantagem e apenas sublinharam a justiça do marcador no segundo tempo.

Anarquia e um presságio madrugador

Depois de faturar ao minuto três do primeiro tempo, o SC Braga faturou, exatamente, no minuto três do segundo tempo e, bem cedo, pressagiou um resultado avultado. Depois de um bom lance coletivo - Moutinho e Abel Ruíz em bom plano - Banza, à matador, ampliou as contas para 1-3. 

Com o 1-3, o Portimonense, algo apático e pouco agressivo nos dois lados do campo, deixou-se cair e viu o SC Braga marcar mais dois golos: primeiro, Banza fez o bis de penálti e, depois, foi Bruma a replicar o feito do congolês - Roger, mais uma vez, na assistência. 

No meio da anarquia, os homens de Artur Jorge adormeceram com a vantagem e sofreram dois (belíssimos) golos que podiam ter atrapalhado as contas. Hildeberto, com grande classe, fez um chapéu sobre Matheus e Taichi Fukui, aos 86', com um remate fortíssimo de fora de área, fechou as contas. Até final, sublinhe-se, João Moutinho e Hildeberto estiveram a centímetros de colocar o marcador em números pornográficos.

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