CRÓNICA| Empate (pouco) técnico

6 meses atrás 58

Gil Vicente e GD Chaves protagonizaram um nulo (0-0), no jogo de encerramento da ronda 25, no Estádio Cidade de Barcelos. Um dia depois das eleições legislativas e do equilíbrio evidenciado nas preferências dos portugueses, minhotos e Valentes Transmontanos experienciaram um empate (pouco) técnico, entre duas propostas de jogo bem distintas.

Posicionados em partes distintas da tabela - separados por nove pontos à entrada para a jornada -, não demorou muito até se perceber as nuances do desafio. Confiantes e de setores ligados entre si, os Galos pautaram o ritmo e criaram os lances mais entusiasmantes. Félix Correia regressou a uma das faixas e, com a companhia de Tidjany Touré do lado oposto, procurou, ora encontrar os caminhos para a baliza no espaço curta, ora com centros para o regressado ao onze, Alipour.

Do lado flaviense a tática estava bem definida: explorar a rápida transição para o ataque. O problema é que... tal nunca foi devidamente posto em prática. Apesar das três alterações no onze - Héctor, Carraça e Ygor Nogueira foram titulares -, o Chaves mostrou pouco traquejo para sair do setor defensivo e, com uma algum défice na reação à perda, os pupilos de Moreno bem puderam agradecer a Hugo Souza e ao poste.

Félix Correia e Tidjany foram problemas para o GD Chaves @Rogério Ferreira / Kapta+

Maxime Domínguez, também ele de regresso, foi o grande protagonista desses momentos, mas a bola teimou em não entrar. Aos 17', o médio suíço atirou ao poste num lance bem evidente do sentido coletivo de Martim Neto e Tidjany Touré, vendo o guardião flaviense deter uma emenda dentro da pequena área de forma quase «arrepiante», minutos depois.

No meio do desperdício gilista, Kelechi Nwakali ainda assustou Andrew num tiro de fora da área, no único momento de perigo da formação transmontana em toda a primeira parte. O lance não espevitou os flavienses, só que o Gil não foi capaz de aproveitar. De cabeça, Mory Gbane ainda fez o eleitorado barcelense gritar golo, em mais um momento de grande brilho de Hugo Souza, com Alipour a ser apanhado em fora de jogo no último lance de relevo da etapa.

Votos de pouca ação

No reatar, as coisas pouco ou nada mudaram. O Gil manteve-se dono e senhor dos acontecimentos e, ainda que menos incisivo no último terço, a amostra foi chegando para um Chaves insistentemente encolhido. Sem ocasiões de maior, Vítor Campelos fez entrar Fujimoto e Depú - de volta após mais de quatro meses sem jogar - e as melhorias foram instantâneas. 

Na primeira aparição e com outra frieza, o internacional angolano podia ter aberto o ativo, numa altura em que o nipónico começava a emprestar os predicados anteriormente conferidos por Maxime: qualidade no espaço curto e acerto no passe em progressão. Em contrapé, João Correia fez a bola sobrevoar a barra da baliza de Andrew, mas, ultrapassado esse lance de perigo, os minhotos voltaram à ribalta. Fujimoto revelou-se desastrado no capítulo da finalização, no mais alto patrocínio da continuidade da supremacia anfitriã...

Ciente do filme que estava a ver, Moreno refrescou o ataque com Rúben Ribeiro e Jô Batista e as melhorias, ainda que tímidas, sentiram-se na reta final marcada pela ocasião de Leandro Sanca em posição irregular e pela expulsão - segundo amarelo por simulação - de Depú.

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