CRÓNICA | Este Grupo E de entusiasmar...

3 meses atrás 70

De pouco valem favoritismos e histórias escritas antes da bola começar a rolar. Façamos as nossas apostas, simulemos os ramos da árvore deste torneio, mas não caiamos no erro de achar que conhecemos a sua natureza…

Quem imaginou Bélgica e Ucrânia nos primeiros dois lugares deste Grupo E, terá de realizar novos cálculos depois desta jornada inaugural. Depois dos ucranianos perderem (3-0) frente à Roménia, também a Eslováquia surpreendeu e colocou-se no bom caminho com três pontos somados frente à Bélgica.

Eslováquia a aproveitar

A uma hora do jogo os onzes chegaram à esfera pública e houve imediato destaque para Zeno Debast, central que está a caminho do Sporting, no duelo direto com Bozeník, ponta de lança do Boavista. Depois, à hora do jogo, Jérémy Doku roubou toda a atenção. Não necessariamente por bons motivos.

O extremo do Manchester City criou de raiz os primeiros três grandes momentos do jogo. Primeiro uma grande arrancada, aos três minutos, que deu em desperdício de Lukaku. O segundo momento, aos cinco, terminou da mesma forma. O terceiro, volvidos mais dois minutos, foi a prova de que há uma zona proibida para dribles: uma perda de bola imperdoável deu em golo de Ivan Schranz, na recarga do remate de Kucka.

Schranz, extremo do Slavia Praha, celebrou efusivamente o seu primeiro golo em fases finais, logo na estreia num jogo dessa categoria, mas ainda havia muito trabalho pela frente. Para guardar a vantagem, os eslovacos enviaram sempre poucos elementos para o ataque, mas nunca foram verdadeiramente sólidos defensivamente e apoiaram-se principalmente no desacerto da finalização belga. 

Trossard rejeitou uma grande oferta de Dúbravka, mas o principal pecador na luta pelo empate foi Lukaku, que já tinha falhado duas vezes no arranque do jogo e voltou a fazê-lo - de forma flagrante, diga-se - mesmo em cima do intervalo. Pelo meio, Haraslin quase duplicou a vantagem com um golaço. Valeu o voo de Casteels.

Lukaku de desesperar

Ao fim de 10 minutos do segundo tempo, Lukaku finalmente conseguiu calçar as botas de goleador e fez o empate, na sequêcia de um canto cobrado de forma curta. Ainda assim, para desespero de Tedesco, houve um fora de jogo no momento em que Onana amorteceu a bola para a zona do ponta de lança.

Sem tempo a perder, o selecionador belga lançou Bakayoko para o lado direito, juntando ainda mais homens em zonas adiantadas. Num dos primeiros lances com bola (já depois de mais uma falha de Lukaku), o atacante do PSV esteve pertíssimo de empatar, mas Hancko, defesa do Feyenoord, cortou em cima da linha de golo. Surreal!

Durante largos minutos reinou a sensação de que o golo belga chegaria a qualquer momento, mas a verdade é que a equipa de Francesco Calzona começou a entrar nos carris a nível defensivo, concedendo muito menos oportunidades.

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