CRÓNICA | Jude para a eternidade!

1 dia atrás 23

30 de junho de 2024: o pontapé para a história de Jude Bellingham. A Inglaterra levou desta forma a partida para o prolongamento, onde acabou por conseguir bater a Eslováquia (2-1). As fragilidades continuam lá, mas mais um passo foi dado para a seca de quase 60 anos terminar.

Palmas para os vencidos, agitadores durante grande parte do jogo e com capacidade de sofrimento quando as pernas pesaram. Cheios de sonhos, os homens de Calzona caíram de pé e deixaram a sua marca neste bonito Europeu. Nada podiam fazer perante o talento do novo rei inglês.

Não sobraram unhas 

Sem grande surpresa, a primeira titularidade de Kobbie Mainoo foi a mudança promovida por Southgate no onze inglês. O jovem médio do Manchester United tornou-se no terceiro jogador mais novo a ser titular pelos britânicos num duelo de fase a eliminar, apesar superado pelas afirmações precoces de Wayne Rooney e Michael Owen.

O sentido de urgência, porém, não apareceu. Os três leões continuam com a imagem dos jogos anteriores do torneio: lentidão, pouca dinâmica e vontade de fazer pela vida. Em sentido contrário, uma equipa muito bem trabalhada por Francesco Calzona.

Southgate parece sem ideias @Getty /

Com processos simples e bem trabalhados, a Eslováquia encontrou facilidades para chegar ao perigo e rondar a baliza de Jordan Pickford. Lukas Haraslin foi o principal agitador, mas o golo acabou por ser obra do outro extremo, Ivan Schranz. Marc Guéhi não ficou bem na fotografia.

A pobreza coletiva até ao descanso não foi suficiente para Gareth Southgate mexer. Um golo anulado a Phil Foden deu ares de uma capacidade inglesa diferente, no entanto, não imune a sustos.

Uma desconcentração defensiva deixou Dávid Strelec muito perto do 0-2. As pernas, de forma natural, começaram a falhar aos eslovacos. Apesar da muita posse de bola, os três leões sentiram muitos problemas. No coração, o perigo chegou.

Já com Bukayo Saka a lateral, Harry Kane - a felicidade chegou mais tarde - cheirou o empate numa bola parada. Pouco depois, o remate de Declan Rice acabou no poste. 

Na compensação, nem os mais otimistas ingleses estariam confiantes. De um lançamento lateral, um momento para a eternidade. Jude, o iluminado, soltou um pontapé de bicicleta e levou a partida para o prolongamento. Um golaço que, quem sabe, não seja o momento-chave desta competição.

A abrir o tempo extra, na ressaca de uma bola parada, o capitão Harry Kane fez as pazes com as suas gentes e colocou a Inglaterra na frente. A marcha atrás habitual da era Southgate em vantagem apareceu, mas a Eslováquia não encontrou forças para inverter o rumo deste filme.

Uma quase surpresa, um golo magistral e um sofrido apuramento. Quem passa por isto arrisca-se a ser feliz. Segue-se a Suíça, adversário de muito respeito.

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