CRÓNICA | Leva lá a bicicleta!

6 meses atrás 54

Leva lá a bicicleta! É uma frase bastante comum, principalmente em discussões que envolvam política - ainda para mais em tempos de eleições -, ou futebol. Em Vila do Conde, Rio Ave e SC Braga insistiram em desatar o nulo e nem o pontapé de bicicleta incrível de Banza (invalidado, mas já vamos lá), foi suficiente para evitar o nulo no marcador (0-0).

Com este resultado, os homens da casa saltam para a 14ª posição (24 pontos), enquanto o SC Braga permanece no quarto posto (50 pontos), mas deixa escapar o FC Porto na terceira posição, que segue com mais cinco pontos.

Em relação ao jogo, houve mexidas de ambos os lados, mas sem grandes novidades. Nota apenas para Fábio Ronaldo que atuou a ala esquerdo - Marious Vrousai começou no banco - e para a entrada de Joca no 11 - não era titular desde a partida no Dragão.

Tático e fechado

Os primeiros 45 minutos não saciaram ninguém e tampouco proporcionaram um grande espetáculo. No entanto - como ponto positivo -, tivemos um excelente duelo no meio-campo (e algo incomum no nosso campeonato), entre dois campeões europeus que, apesar da idade, continuam a espalhar classe dentro de campo: Adrien Silva vs João Moutinho.

Em relação ao jogo, Luís Freire - no xadrez habitual (3-5-2) - dificultou muito a entrada dos arsenalistas no seu terço defensivo, não obstante, do ponto de vista ofensivo, viu-se com iguais dificuldades em criar perigo. 

Miguel Nóbrega saiu lesionado ao minuto 43 @Rogério Ferreira / Kapta+

Focados em atrair a pressão média-alta do SC Braga, o Rio Ave, através de Amine e Adrien Silva, procurou soltar a bola - de forma invariável - no corredor esquerdo, local destinado para as feras - Embaló e Ronaldo -, mas nenhum foi capaz de ferir na 'hora h'. Embaló teve duas situações interessantes - um cruzamento venenoso e um remate forte -, mas, em ambas as situações, Matheus ficou a controlar a bola com os olhos.

Do lado visitante, o SC Braga foi quem criou as melhores situações, mas também não convenceu. Borja - assistido, de forma caricata por Fábio Veríssimo - rematou de fora de área para uma grande defesa de Jhonatan e Abel Ruíz - após grande trabalho de Banza - acertou em cheio no poste. Ainda assim, faltou (muita) agressividade ao SC Braga que sobreviveu da criatividade de Roger/Bruma e da capacidade individual de Banza para criar perigo.

O melhor golo invalidado da época?

Na segunda parte, o Rio Ave entrou melhor, esteve perto do golo em dois remates fortíssimos de Patrick - um de fora de área, o outro de livre direto -, mas depois... surgiu BANZA. B-A-N-Z-A. Que MOMENTO.

Foi, posteriormente, anulado por fora de jogo - como explicou Veríssimo após revisão no VAR -, mas nada apaga o lance mágico do avançado congolês que, num pontapé de bicicleta, colou o queixo de todos no chão e respondeu da melhor forma a um cruzamento (também muito bom) de Roger.

O lance, como referido, não contou e foi festejado como um golo em Vila do Conde. A partir daqui, os homens de Freire voltaram a assumir o comando do jogo e estiveram por cima durante uns bons 15 minutos. No último quarto de hora, Djaló - entrou para o lugar de Bruma no  segundo tempo - teve dois bons remates, mas foram os vilacondenses, perto do fim, mais perto do golo.

Boateng, na cara de Matheus, permitiu uma boa defesa ao brasileiro e João Teixeira, num remate pouco ortodoxo, disparou ligeiramente ao lado. Até final, apesar da insistência de ambas as partes, tudo ficou como começou.

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