CRÓNICA | Magia como antídoto para o veneno alemão

7 meses atrás 74

Voltou o hino, as jogadas milionárias e os momentos inesquecíveis. Voltou a Liga dos Campeões e agora, a eliminar, não há espaço para perdoar. Que o diga (ou lamente) o Leipzig, que, apesar do bom jogo, perdeu (0-1) diante do Real Madrid, num jogo eficaz e objetivo, longe de ser brilhante, dos espanhóis.

A pedir uma surpresa

O mais campeão dos campeões europeus entrou em campo descaracterizado. Não só no onze inicial (ausência, por lesão, dos nomes sonantes na baliza, na defesa e, desde o início da época, no centro do ataque), mas no jogo em si: os espanhóis mostraram-se nervosos e erráticos, características pouco comuns.

Do outro lado, o Leipzig, que tem no ataque a sua melhor valência, aproveitou. Openda (o mais desinspirado dos quatro), Sesko, Xavi e Olmo têm qualidade para pertencer a qualquer plantel do mundo e, não fosse algum desacerto na hora de finalizar, teriam construído um resultado histórico.

O duelo começou, inclusive, com polémica. Sesko colocou a bola no fundo das redes, na sequência de um canto, mas o árbitro encontrou um incómodo na ação de Lunin e anulou o lance. Durante o resto do primeiro tempo, a toada foi a mesma. O Leipzig forte, a obrigar o adversário a errar e atrevido, mas algo perdulário. O Real tremeu — jogo horrível de Carvajal, que até assistiu —, mas não desabou.

Conforto nasceu com magia

Após o descanso, surgiu o único golo da noite, num lance de antalogia. Brahim recebeu, rodou, serpentou por um par de adversários e, na entrada da área, chutou com a canhota, em jeito, para o fundo das redes. Defensável só se Gulacsi atirasse a luva.

Daí, os madrilenos viveram o melhor período da noite. Suportados por Lunin e Tchouameni, o Real não sofreu e, com a velocidade de Vinícius, Rodrygo e Valverde, conseguiu sair com perigo para o ataque.

Contudo, o tempo foi ingrato para o Real, ao remeter os visitantes para as imediações da sua área, e inglório para o Leipzig, que não marcou o tão desejado (e merecido, diga-se) golo. Sesko e Xavi foram os rostos da ambição, que tão poucos frutos deu.

Com este resultado, os homens de Ancelotti seguem bem encaminhados para continuar na prova. Além da vantagem, a segunda mão joga-se em Espanha e já deve contar com a presença de Jude Bellingham, um dos nomes fortes (e decisivos) da presente temporada.

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