CRÓNICA | O sonho está vivo!

3 meses atrás 54

O Campeonato Europeu continua a espoletar as mais variadas emoções. Desde a felicidade à tristeza, do nervosismo ao alívio. Em Frankfurt, entre Dinamarca e Inglaterra, não foi diferente. E, no final, reinou o empate entre ambas as formações. O sonho de ultrapassar a fase de grupos continua bem vivo.

Com apenas uma mudança no onze inicial - com Joakim Maehle a entrar para o lugar de Alexander Bah -, a Dinamarca mostrou-se destemida em todos os pontos. No que concerne à Inglaterra, não houve alterações nas escolhas de um jogo que poderia ter sido muito melhor executado.

Do norte a sem rumo...

Equilíbrio territorial no primeiro quarto de hora do duelo. Com a bola bem repartida entre dinamarqueses e ingleses, o nó parecia não desatar… até acontecer.

Kyle Walker antecipou-se a Victor Kristiansen e centrou com todo o tempo do mundo para o coração da área. Com alguma sorte à mistura, a bola vai ter ao mortífero Harry Kane, que não perdoou na cara de Schmeichel. Estava aberto o marcador - com a razão que a Dinamarca precisava para ser avassaladora no duelo.

Se existia equilíbrio e um rumo no encontro, rapidamente deixou de existir para os comandados de Southgate e os nórdicos tomaram as rédeas. Do norte a sem rumo.

A Dinamarca assustou a baliza de Pickford por várias ocasiões e, em momento oportuno, um autêntico míssil disparado por Morten Hjulmand terminou para lá da linha de golo. Um tento certeiro vastamente bonito marcado pelo médio do Sporting.

... e nada mudou

Mesmo após o intervalo, pouco ou nada mudou. A Dinamarca permaneceu ofensiva. A Inglaterra tentou responder, mesmo com grandes aparentes dificuldades de entrosamento entre jogadores.

A decisão mais estranha apareceu quando Gareth Southgate decidiu retirar do duelo jogadores como Harry Kane, Phil Foden e Bukayo Saka (ou seja, o trio que, efetivamente, mais perigo criou perante Kasper Schmeichel). Aí, o rumo - que já era pouco - tornou-se cada vez mais invisível para os ingleses.

Com talento em barda e qualidade inegável, a Inglaterra não conseguiu criar grandes estragos, mas cometeu largos erros que poderiam dar vantagem à seleção dinamarquesa.

Até final, Pickford ainda tremeu. No entanto, nada mais mudou e tudo ficar por decidir até à última jornada. O sonho dinamarquês de seguir para a próxima fase está vivo (e bem vivo, pela qualidade praticada). A vontade inglesa de ultrapassar os grupos parece estar a pecar por escassa.

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