CRÓNICA | Olival: onde Mora o talento e a ineficácia

Na foto de destaque, os dois homens do jogo e que sublinham o empate entre FC Porto B e Mafra (1-1): Rodrigo Mora e Elías Ólafsson. Exibição fantástica (mais uma) do jovem de 16 anos - marcou o único golo dos dragões - e prestação ainda melhor do guardião islandês do Mafra que negou todas as ocasiões portistas a partir da desvantagem.

Com este resultado, os portistas ocupam a 10ª posição (27 pontos), enquanto o emblema de Mafra permanece no oitavo posto (30 pontos).

Em relação ao jogo, Folha optou por voltar a lançar Francisco Meixedo para o 11 inicial - não jogava desde o desaire no clássico dos 'Bs' -, Rodrigo Mora, Gabriel Brás e Cassamá (estreou-se a titular). Do lado visitante, João Queirós foi a grande novidade em relação ao empate contra o Belenenses.

Mora e + 10

Primeiros 45 minutos de um só sentido. FC Porto B muito por cima - mais bola, mais vontade, mais ofensivo -, CD Mafra (muitos furos) abaixo do esperado e com tremendas dificuldades em criar ocasiões de perigo.

De resto, após meia hora de controlo portista e alguns susto para a baliza de Ólafsson - Marcus, Wendell e Rodrigo Mora foram os principais protagonistas no momento de atacar a defensiva mafrense -, os homens da casa acabaram por chegar ao golo. 

Aos 33', Abraham Marcus descobriu Rodrigo Mora no corredor direito que, mais rápido que toda a defensiva mafrense, finalizou sem hipóteses na cara do guardião islandês. Com o golo, o FC Porto B permaneceu por cima e Mora voltou a fazer das suas: cheio de classe, o jovem dragão tirou um chapéu a Ólafsson, porém, por seis centímetros, viu o golo invalidado. Antes do final do primeiro tempo, o jovem de 16 anos voltou a estar perto do golo, mas - desta feita - o guardião do Mafra defendeu.

Desperdício e Ólafsson

Na segunda parte, a toada não se alterou - mais FC Porto B, menos Mafra -, contudo, houve um aspeto (fulcral) a marcar a diferença: eficácia. Foi um festival do desperdício do lado portista e 45 minutos perfeitos de Ólafsson.

De forma diacrónica, a ineficácia da equipa B portista começou logo ao minuto 52: Wendell - em estilo panenka - desperdiçou o penálti ao acertar no poste; aos 54' Rodrigo Mora proporcionou uma boa defesa ao islandês; aos 66' Gui Guedes proporciona uma defesa incrível a Ólafsson - defendeu praticamente em cima da linha de golo -, assim como Wendell (aos 85') que, no 1x1, permitiu uma defesa fantástica de Ólafsson com os pés.

Pelo meio, aos 77', Diogo Almeida aproveitou um passe excelente de Miguel Sousa (e alguma passividade da defensiva portista) e faturou na única grande oportunidade dos visitantes, sendo que, ao minuto 83, Vasco Sousa ainda atirou ao poste. Até final, Folha mexeu na equipa, mas pouco agitou no jogo.