CRÓNICA | Ponto repleto de amargura

1 semana atrás 36

Vida cada vez mais complicada para o Vizela na I Liga. Na receção ao Rio Ave, o conjunto minhoto regressou aos pontos, mas não foi capaz de lograr a tão necessária vitória (2-2). Um resultado que deixa os lugares de permanência direta cada vez mais longe (ou fora alcance em caso de triunfo dos rivais diretos) dos anfitriões, permitindo à turma de Luís Freire mais um jogo sem saber o que é perder, além do precioso ponto na luta pela manutenção. 

Apesar da série de cinco derrotas em vigor, Rubén de la Barrera optou exatamente pelo mesmo onze apresentado em Braga. Já Luís Freire procedeu a duas mexidas face ao empate frente ao Arouca. Emanuel Boateng surgiu no tridente ofensivo na vez de Fábio Ronaldo, enquanto Úmaro Embaló rendeu Vrousai na ala esquerda.

Golo madrugador, reação insuficiente

Mais confortável na tabela e confiante face aos sete jogos sem derrotas, não tardou até que o Rio Ave se colocasse em posição avantajada, expondo as fragilidades e tremores de um Vizela em contra-relógio para com o (potencial) destino. Ávido por mostrar serviço, Boateng fez a sociedade com Úmaro Embaló funcionar à primeira, cabendo ao ex-Fortuna Sittard o serviço certeiro para a conclusão fácil de Yakubu  Aziz. Tudo isto em apenas quatro minutos...

Por força da obrigação, o Vizela cresceu de imediato - o que não significou o fim dos calafrios - e balanceou-se na direção da baliza de Jhonatan. Lebedenko e Soro soltaram-se à esquerda, mas foi pelas ações de Essende e Lokilo que o empate chegou.

Se o francês testou a atenção do guardião brasileiro, o extremo congolês inventou à direita e elevou o nível de dificuldade e perigo para os forasteiros que, apesar de tudo, se mantiveram confortáveis na tentativa de sair rápido para o ataque, a maior parte das vezes pela projeção de Costinha e Úmaro. Mas tudo viria a mudar por força dos artistas anfitriões.

Sempre muito ativo, Lokilo obrigou Jhonatan a novo momento de brilho, antes do próprio deixa o golo à mercê do suspeito do costume. Lançado na profundidade e de frente ganha aos centrais riovistas, Essende não perdoou à segunda e revitalizou a esperança do público vizelense, sempre muito temperamental face ao desenrolar dos acontecimentos. O golo galvanizou os minhotos e a reviravolta, embora iminente, não se consumou até ao descanso.

Pedia-se igual postura e ligação ao Vizela na vinda para o segundo tempo, contudo, o desafio voltou bem menos elétrico. O Rio Ave, ciente da necessidade maior do adversário soube ter bola, estabilizou o seu jogo e retirou capacidade aos locais para chegar à baliza de Jhonatan.

Ainda assim, só perto dos 70' foi possível sentir boas doses de perigo, já depois das entradas de Fábio Ronaldo, Vítor Gomes e João Graça. Chamado a missão ofensiva, Pantalon cabeceou colocado e apenas uma grande intervenção de Ruberto impediu novo dissabor aos da casa, Fábio Ronaldo voltou à carga e acertou no poste e Boateng - após ganhar no choque com Anderson - permitiu novo «salvamento» ao guarda-redes dos vilacondenses.

Com sinais de evidente preocupação, Rubén de la Barrera lançou Ba-Sy para junto de Essende, bem como Matheus Pereira para o flanco esquerdo. Por coincidência ou não, as melhorias acabaram por chegar já nos últimos dez minutos. Na melhor das hipoteses, Ba-Sy viu-lhe o golo negado em cima da linha para, na recarga, Tomás Silva deixar os adeptos vizelenses à beira de um ataque de nervos.

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