CRÓNICA | Praia à vista em Portimão

11 meses atrás 110

Tudo indica que o Portimonense não morrerá na praia. Vitória sobre o Gil Vicente, ultrapassagem aos minhotos, 33 pontos na tabela e subida ao 13º lugar, já 11 pontos acima do Marítimo, o clube estacionado no lugar de play-off. Tarde de domingo perfeita para a equipa de Paulo Sérgio, apesar dos sustos pregados pelo Gil no segundo tempo. 

@Kapta+

Saltemos diretamente para o minuto 68 e para a ameaça maior dos visitantes: Murilo arranca um pontapé fabuloso à barra, Fran Navarro falha por duas vezes a recarga - primeiro por mérito de Kosuke Nakamura, depois por atirar... ao poste. 

Este é o clímax do desperdício minhoto, a jogada que resume a aflição algarvia ao longo do segundo tempo e, em sintonia, a falta de capacidade na definição dos avançados de Daniel Sousa.

Após o penoso ciclo de cinco derrotas consecutivas, o Portimonense leva duas vitórias seguidas e três jogos sem perder. A manutenção vai dar à costa. 

A ameaça de Yony e a classe de Maurício

Maurício, um achado para o meio-campo de Portimão,  tem a frieza que define os melhores. Ao terceiro minuto do segundo tempo, o antigo médio do Zenit recebe de Moufi e faz um remate colocadíssimo e rasteiro, sem hipóteses de defesa para o excelente Andrew. 

Tudo resolvido ali. Na altura, acrescente-se, com toda a lógica. No primeiro tempo, de resto, o Portimonense já celebrara, mas o golo acabaria anulado: seis centímetros de fora-de jogo de Park, antes do remate efetuado por Yony González. 

Não há outra forma de o dizer. Falta classe, falta qualidade a este Portimonense, bem longe da equipa de Lucas Fernandes, Paulinho e Jackson, mas Paulo Sérgio está a encontrar caminhos alternativos. 

Não são avenidas de montras faustosas, de grife, mas o destino está a ser o mesmo: a segurança pontual. No fim de contas, é tudo o que importa. 

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