Raça de Dragão não chegou e esbarrou nos penáltis. O FC Porto teve uma exibição repleta de coração (e sofrimento) e aguentou com unhas e dentes o enorme caudal ofensivo do Arsenal, mas, no final foram os gunners a ser felizes no desempate por grandes penalidades, eliminando os dragões da Champions. Era o tudo ou nada para o FC Porto na Liga dos Campeões, depois do 1-0 na 1ª mão, em Portugal. Sérgio Conceição mantinha a aposta dos últimos jogos e não apresentava grandes surpresas, com Galeno no apoio a Evanilson e Nico e Alan Varela no miolo. Arteta, por sua vez, seguia a mesma linha ideológica e apostava em Kiwior a lateral esquerdo, apesar dos regresso de Zinchenko e Tomiyasu, além de Havertz e Trossard na frente de ataque, com Saka. 4.º jogo do FC Porto em 🏠casa do Arsenal, 4.ª vez que chega ao intervalo em desvantagem:
⚠Os portistas nunca marcaram um golo no Emirates pic.twitter.com/DPxAAlKgIb O clima era de tensão nas bancadas e isso fazia-se sentir em cada intervenção mais demorada, ou não, portista, com os adeptos londrinos impacientes e á espera de uma reação da equipa madrugadora. O Arsenal, como esperado, entrou ofensivo e mais assertivo e veloz - como previra Conceição - do que no Dragão e foi tentando adicionar os médios Rice e Odegaard ao processo ofensivo, especialmente na sua direita, onde o norueguês e Saka iam causando dificuldades a Otávio e Wendell, os mais nervosos dos Dragões. Do outro lado, o FC Porto vinha com uma mentalidade bem visível de tentar ser simples com bola. Os dragões iam tentando chamar a pressão alta dos gunners para tentar explorar a profundidade e velocidade dos seus extremos, mas iam abusando dessa opção na sua esquerda, onde o Arsenal se ia protegendo bem. Sem bola, por sua vez, os azuis e brancos protegiam-se em 4x5x1, com Pepê a juntar-se ao miolo e a mostrar a preocupação da equipa em ser solidária sem bola nessa zona. O caudal ofensivo era claramente caseiro, embora o FC Porto tenha dado sinais de vida a meio da 1ª parte, especialmente numa jogada bem construída pela direita, onde Evanilson obrigou Raya a boa defesa, e o Arsenal foi gerindo bem o ritmo, especialmente depois de Jorginho ajudar na proteção da ala esquerda. Apesar disso, o apoio dos mais de três mil adeptos portistas presentes no Emirates era incansável. Dragões foram-se aguentando @Getty / 8.ª vez que o FC Porto disputa um prolongamento nas competições europeias, o 4.º na Liga dos Campeões
⚠O FC Porto qualificou-se nas 2 últimas vezes que disputou um prolongamento na UEFA: Estava tudo em aberto para a 2ª parte e o ambiente tinha claramente mudado nas bancadas, com a tensão inglesa a ser substituída por um otimismo crescente. a equipa, galvanizada por esse otimismo, foi para cima do FC Porto, que agora era obrigado a mudar ligeiramente a abordagem. Apesar disso, a equipa lusa continuava a proteger-se bem no corredor central, dando mais iniciativa aos gunners nas alas, onde os cruzamentos iam sendo afastados pela defensiva dos Dragões. Apesar disso, a organização defensiva portuguesa era, agora, claramente menor e o espaço no miolo também. Aproveitando isso, o Arsenal começou a tentar explorar mais vezes a velocidade do trio ofensivo e, por breves momentos, após um erro de Pepe, fez os corações portistas parar, aos 69', mas o golo de Odegaard foi anulado, por falta de Havertz sobre o experiente internacional luso. Este momento de sobressalto ditou uma clara mudança no jogo. As equipas percebiam que qualquer risco poderia ditar a eliminação, mas o Arsenal continuava a tentar assumir a batuta e isso dava espaço para o FC porto explorar as costas da defesa contrária e Pepê e Chico Conceição iam-se mostrando perigosos. Apesar disso, o Arsenal não tirava o pé do acelerador e Arteta passava a clara mensagem à equipa de querer resolver nos 90 minutos, com a entrada de Gabriel Jesus, aos 81'. O brasileiro quase marcou no minuto seguinte. FC Porto sofreu na 2ª parte @Getty / À semelhança do Sporting há um ano, na Liga Europa, tínhamos, pelo menos, mais 30 minutos de futebol entre o Arsenal e uma equipa portuguesa numa eliminatória europeia e os dragões bem se podiam inspirar nos leões. Contudo, pouco mudou no jogo. O Arsenal foi controlando a posse, o FC Porto defendendo, mas notava-se que faltavam pernas aos dois conjuntos e, verdade seja dita, faltaram oportunidades dos dois lados. As grandes penalidades eram inevitáveis. Aí, Raya e Diogo Costa eram os principais protagonistas e o espanhol foi quem se superiorizou, defendendo a grande penalidade de Wendell e permitindo a passagem do Arsenal. O FC Porto fica no caminho nos oitavos de final, mas cai de pé.(Des)tapar em excesso
2006: 1-0 (2-0)
2008: 2-0 (4-0)
2010: 2-0 (5-0)
2024: 1-0 (?)Sofrer até faltar pernas
2019 Roma
2021 Juventus pic.twitter.com/tppi7vO7dFAté ao último nervo