CRÓNICA | Rolo compressor encarnado cilindrou la Barrera

7 meses atrás 52

Entre jogos importante europeus, o Benfica dificilmente podia ter pedido melhor cenário e não teve quaisquer problemas em golear confortavelmente um Vizela aflito, apático e cada vez mais em perigo por 6-1. A rotação de Roger Schmidt correu às mil maravilhas.

No intervalo de jogos europeus decisivos na qualificação para a fase a eliminar da Liga Europa, o Benfica recebia o aflito Vizela e Roger Schmidt promovia uma revolução no onze inicial, com cinco mexidas no onze inicial, em relação à última jornada, entrando Tomás Araújo, João Mário, Tiago Gouveia, David Neres e Tengstedt para os lugares que pertenciam a António Silva, Kökçü, Aursnes, Di María e João Mário. Já no Vizela, Rubén de la Barrera fazia duas alterações, com Ledebenko e Abdul Awudu a ocuparem as vagas dos castigados Samu Silva e Petrov.

Parecia uma brincadeira

15.º ⚽ golo de Rafa Silva esta época: ultrapassa já o seu registo da época passada e estabelece a 2.ª melhor marca da carreira

+ golos Rafa Silva numa época:
21: 2018/19🔝
15: 2023/24⬆
14: 2022/23
12: 2015/16
12: 2021/22 pic.twitter.com/pFmd7k6A9M

— Playmaker (@playmaker_PT) February 18, 2024

Perante tantas mexidas no onze inicial, havia curiosidade para perceber como se apresentaria o Benfica, mas a principal mudança até foi do lado do Vizela, que assumia um 3x4x3 a atacar, reforçando a sua defesa com Tomás Silva - e por vezes Matheus Pereira na esquerda também - a defender. De resto, a larga maioria do tempo do Vizela na 1ª parte foi mesmo a defender, visto que, além de demonstrar escassa (ou nula) capacidade de ter e construir com bola no pé, estavam a ser completamente «engolidos» pela boa pressão alta do Benfica, bem mais dinâmica com Neres, Gouveia, Rafa e Tengstedt a pressionar em bloco.

Em ataque organizado, o Benfica demorou um pouco mais a encaixar as novas dinâmicas da equipa. Os encarnados iam chamando a pressão do Vizela para ter espaço para correr e João Neves tentava «fazer de Kokçu» ao nível de passes de rutura e variações de corredor. Contudo, foi a tal pressão alta que abriu o jogo e resultou mesmo no golo inaugural do Benfica, por Neres (depois de até ter feito uma grande falha com baliza deserta), aos 16'. Nove minutos depois, Ruberto saiu lesionado, entrou Buntic, mas o substituto nem teve tempo de aquecer e Otamendi ampliou, de canto.

A perder por dois golos, o Vizela abandonou quase definitivamente a tal linha ocasional de cinco defesas e passou a tentar criar pelo miolo, mas as perdas de bola eram uma constante e em zonas proibidas, especialmente contra uma frente de ataque onde qualquer jogador era uma arma na transição. Chegada a meia hora, Tiago Gouveia fez o gosto ao pé, numa transição rápida conduzida por Rafa, depois de Tengstedt ter acertado no poste, mas o Benfica não se ficou aqui e continuou, sem acelerar propriamente muito, a sufocar o Vizela, que apenas dava vislumbres de vida pelos pés de Domingos Quina (embora curtos).

Rafa e Neres aterrorizaram defesa @Kapta+

A equipa do Vizela tremia em cada ataque encarnado e os comandados de Roger Schmidt não iriam para o intervalo sem chegar à mão cheia de golos. Primeiro foi Neres a fazer o 4-0 aos 45+1, em nova transição rápida conduzida por Rafa, que assistiu o brasileiro. Depois foi Rafa a fazer também o gosto ao pé, aos 45+5, num lance onde deixou Jota Gonçalves completamente desnorteado. Rafa e David Neres (e o Benfica) faziam o que queriam e o jogo estava resolvido com a 2ª parte toda por jogar.

Um treino confortável

Com tamanha diferença, qualitativa e no marcador, entre as duas equipas, levantavam-se questões sobre como apareceriam as duas equipas para a 2ª parte. Schmidt deixou Rafa no balneário para este descansar, depois de «desfazer» a defesa adversária, e a intensidade coletiva baixou drasticamente - como seria de esperar com este resultado -, ao ponto do Vizela aproveitar uma asneirada de Trubin e reduzir, por Essende, logo aos 48'.

Jogo acalmou, como esperado @Kapta+

Numa primeira fase, o golo até deu nova vida ao Vizela e os minhotos aceleraram um pouco o seu jogo, aproveitando o espaço extra que agora havia, fruto da menor pressão do Benfica, mas rapidamente o jogo caiu no ritmo que a maioria esperaria de um encontro que estava 5-1 no arranque da 2ª parte e entrou quase em regime de treino. O Vizela, a espaços, e elementos como Neres ou Tiago Gouveia ainda aceleravam o jogo, mas longe de um bom nível competitivo.

Apesar disso, os comandados de Rúben de la Barrera ainda beneficiaram de uma grande penalidade, aos 71', por falta desnecessária de Morato, mas Trubin emendou a asneirada anterior e defendeu o remate de Essende. Este acabou por ser um dos últimos pontos de interesse na partida, mas esta não acabaria sem que o Benfica chegasse á meia dúzia e Marcos Leonardo fizesse o gosto ao pé. Neres voltou a conduzir a transição e serviu o compatriota, para este fechar a goleada em 6-1. Jogo mais do que fácil para o Benfica.

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