CRÓNICA | Soube bem voltar a casa

1 mes atrás 54

Após vários meses - a última vez remetia para 17 de maio -, o Rio Ave regressou para junto dos seus adeptos, em Vila do Conde, e conseguiu a primeira vitória nesta competição, fruto de um triunfo pela margem mínima diante do Farense (1-0), que ainda não sabe o que é vencer em 2024/2025.

Em relação à derrota contra o Sporting, Luís Freire mudou três peças, uma vez que João Tomé, Patrick William e Kiko Bondoso entraram para os lugares que pertenceram a Tiago Morais, Patrick William e João Graça. Do outro lado, José Mota apostou na titularidade de Tomané e Álex Bermejo em detrimento de Darío Poveda e Marco Matías.

Duas torres para travar o vento vindo de Faro

Tal como é habitual nestes jogos de início de temporada, a massa adapta correspondeu em grande número. O Estádio dos Arcos preencheu-se de adeptos das duas equipas, sendo que os algarvios não se «podem queixar» da falta de apoio, uma vez que algumas dezenas de associados viajaram desde o Algarve. Juntamente com uma temperatura razoável (e um vento forte), estava tudo reunido para um bonito espetáculo em Vila do Conde.

Duelos constantes na primeira parte @Catarina Morais / Kapta +

Depois de alguns minutos de análise profunda dos dois conjuntos, surgiu a primeira oportunidade de perigo. Cláudio Falcão aproveitou uma bola perdida para rematar com muita força, mas ao lado do alvo pretendido. O Rio Ave respondeu «na mesma moeda», fruto de um lance a envolver João Tomé e Clayton Silva, que terminou com uma tentativa do avançado do brasileiro.

Ninguém queria arriscar. As chances foram tímidas, inconsequentes na maior parte das vezes. Faltava sempre o último passe ou um remate com conta, peso e medida. O golo, esse, surgiu na sequência de um pontapé livre batido de forma exímia por parte de João Novais, um dos melhores executantes do nosso campeonato. Perigo garantido junto de qualquer baliza adversária e um triunfo utilizado com insistência por parte do emblema das Caxinas.

O médio encontrou Aderllan Santos na grande área e o capitão, de cabeça, acertou no poste do alvo pretendido. Ricardo Velho não tocou na bola e Patrick William, no sítio certo à hora certa, só teve de desviar para o 1-0. Estes dois atletas, aliás, foram dos melhores na primeira parte, sobretudo no capítulo defensivo, pois «limparam» tudo o que apareceu à frente, impedindo que o Farense - muito intranquilo e com algumas perdas de bola comprometedoras - chegasse ao empate.

Muralha de Vila do Conde 

A retoma dos balneários não trouxe mudanças vindas do banco de suplentes, sendo que preciso esperar alguns minutos para verificarmos mexidas nesse sentido. O treinador algarvio colocou Darío Poveda e juntou-o a Tomané na frente de ataque, enquanto Luís Freire apostou em Tiago Morais para o lugar de um desinspirado Ole Pohlmann, alemão que passou ao lado do encontro.

@Catarina Morais / Kapta +

Aos poucos, foram sido chamado outros atletas, trazendo outro tipo de emoção a esta partida. O Farense conseguiu criar oportunidades com insistência, obrigando o timoneiro do Rio Ave a colocar dois médios (João Graça e Vítor Gomes) para tentar voltar a ter o controlo do jogo, um cenário verificado durante largos minutos, pelo menos no que diz respeito à posse de bola.

Foi necessário sofrer - Jhonathan fez algumas intervenções e assistiu de perto a uma bola no poste no tempo de compensação -, mas o Rio Ave arrecadou o primeiro desfecho positivo desta época. Do outro lado, porém, muitos aspetos a melhorar, sobretudo ao nível da eficácia, pois não faltaram chances de perigo...

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