CRÓNICA | Uma réplica da primeira volta

6 meses atrás 66

O Nacional empatou na receção ao Académico de Viseu (1-1) - uma réplica do jogo da primeira volta -, numa partida de duas partes distintas: na primeira parte, os golos, as oportunidades e o equilíbrio, na segunda parte o lado mais tático e pouco frutífero do ponto de vista do espetáculo.

Com este resultado, a equipa insular deixou escapar a possibilidade de fugir, ainda mais, de Marítimo (quarto classificado) e permanece no terceiro posto (48 pontos), enquanto o Académico segue na sexta posição (38 pontos).

Em relação aos primeiros 45 minutos, a partida - interessante e bem disputada - ficou sublinhada pelo equilíbrio e por duas formas de estar bem distintas, ainda que, com um ponto em comum: agressividade. Em cada ataque, um remate. No total - ao longo dos 90' - foram 40 remates (!), elucidativo da mentalidade de ambos os conjuntos.

Duas partes distintas

O emblema da Madeira, por um lado, procurou assumir as rédeas e ter o controlo da partida, pressionando alto e arriscando um pouco mais na sua organização defensiva. O emblema de Viseu, por outro lado, não teve problemas em abdicar da posse de bola e apostar mais no contra golpe. Duas posturas diferentes, mas com o mesmo resultado ao intervalo (1-1).

André Clóvis - com alguma polémica (Ott parece tocar com a bola no braço no momento em que assiste o avançado brasileiro) -, foi o primeiro a faturar na sequência de um ataque rápido e, na mesma moeda, perto do intervalo, surgiu a resposta dos homens da casa. Witi, dos mais inconformados e irreverentes no primeiro tempo, aproveitou uma autoestrada no corredor direito viseense e, com um grande cruzamento, colocou a bola na perfeição em Gustavo da Silva que só teve de encostar.

Na segunda parte, a toada alterou-se - Nacional esteve muito por cima -, mas o desperdício foi a nota dominante: João Aurélio, após combinar com Gustavo, disparou para uma defesa segura de Grill e Gustavo da Silva, num lance rápido - podia ter decidido melhor - também desperdiçou. Perto do fim, ainda antes da expulsão (estranha, diga-se, uma vez que não parecia suficiente para segundo amarelo) de Arthur Chaves, Gustavo e Jesús Ramírez remataram forte, mas ambos os remates saíram ao lado.

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