“Em 2023, o ICT aumentou 5,3% (tinha aumentado 3,2% em 2022), a que corresponderam acréscimos de 5,0% (3,0% em 2022) nos custos salariais e 6,4% (4,1% em 2022) nos outros custos”, refere o INE num destaque hoje publicado.
O Índice do Custo de Trabalho (ICT) aumentou 5,3% em 2023 face ao ano anterior, uma aceleração face aos 3,2% em 2022, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em 2023, o ICT aumentou 5,3% (tinha aumentado 3,2% em 2022), a que corresponderam acréscimos de 5,0% (3,0% em 2022) nos custos salariais e 6,4% (4,1% em 2022) nos outros custos”, refere o INE num destaque hoje publicado.
Já o custo médio por trabalhador aumentou 7,1% em 2023 (4,4% em 2022) e o número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador subiu 1,8% (1,2% em 2022).
Em termos de atividade económica, o custo do trabalho na indústria subiu 5,6%, na construção 5,7% e nos serviços 5,3%, contra 5,5%, 5,8% e 4,3%, respetivamente, em 2022.
Nas categorias associadas ao setor público, o aumento total foi de 6,5% em 2023, contra 2,5% no ano anterior.
Quanto aos últimos três meses do ano, o ICT, que mede os custos do trabalho por hora efetivamente trabalhada, aumentou 5,7% face ao quarto trimestre de 2022, acelerando face aos 5,1% entre julho e setembro.
Os custos salariais aumentaram 5,5% (4,8% no terceiro trimestre) e outros custos do trabalho 6,8% (6,4% no trimestre anterior).
Os aumentos nos custos salariais neste quarto trimestre de 2023 cifraram-se entre 3,1% na construção e 5,8% nos serviços.
Já no trimestre anterior, com exceção da construção, onde o aumento foi maior, “todas as atividades económicas tinham registado acréscimos menores que os observados neste trimestre”.
Os custos não salariais registaram aumentos entre 6,1% nos serviços e 11,4% na construção.
O custo médio por trabalhador apresentou uma subida inferior à observada no trimestre anterior em todas as atividades económicas, com exceção da construção (8,0%), tendo o menor acréscimo sido na administração pública (5,4%).
Por sua vez, o INE indica que os aumentos verificados na administração pública “têm sido inferiores aos observados para as restantes atividades desde o primeiro trimestre de 2021”.
O instituto estatístico acrescenta que o número de horas efetivamente trabalhadas aumentou em todas as atividades económicas – com exceção da administração pública (-0,2%) –, tendo o maior acréscimo sido observado na construção (3,0%) e o menor nos serviços (0,3%).
O próximo Índice do Custo do Trabalho, referente ao primeiro trimestre de 2024, será publicado em 13 de maio de 2024.