Da baliza ao Viking, cinco desafios para o Sporting neste defeso

Certeza na baliza

O maior ponto de preocupação no reino do leão, uma posição que o Sporting não tem conseguido as garantias dos rivais. A baliza precisa de certezas e espera-se uma contratação forte para o lugar neste defeso.

Adán deixa de ser opção após quatro épocas, enquanto Franco Israel ainda não foi capaz de transmitir a segurança necessária, apesar de anotar defesas de qualidade fantástica. 

Existe potencial em Diego Callai e Diogo Pinto, mas a afirmação destes jovens não pode ser apressada. Pelo estilo de jogo apresentado por Amorim, jogar bem com os pés é uma característica importante no novo guarda-redes.

Numa posição tão decisiva, as certezas têm valor alto e o Sporting vai ter de abrir os cordões à bolsa. Deve ser prioridade resolver este capítulo.

Encaixe com um defesa

A evolução financeira do Sporting é de louvar, porém, como lembro recentemente Salgado Zenha, os leões de Alvalade não deixaram de ser um «clube vendedor».

Dentro dessa necessidade, o setor defensivo para ser mais propício a uma transferência de grande impacto nos cofres, não tanto no rendimento desportivo. O recrutamento de Debast parece já entrar nessa linha.

A influência de Gonçalo Inácio e o grande potencial de Eduardo Quaresma são tentadores a uma continuidade. Por sua vez, Diomande - baixou de rendimento após o CAN - e as dúvidas físicas de St. Juste deveriam deixar o leão aberto a estas saídas, por um valor considerado justo.

Estabilizar o meio-campo

As vendas de elementos como João Palhinha, Matheus Nunes e Manuel Ugarte têm agitado o meio-campo verde e branco, setor que deu uma excelente resposta em 2023/24.

À fiabilidade de Morita juntou-se a fantástica contratação de Morten Hjulmand, além de um Daniel Bragança a subir de nível com o decorrer da época. O esperado regresso de Mateus Fernandes, após um empréstimo muito positivo, dá garantias de ainda mais competitividade no centro do terreno.

Área de muita importância na manobra tática de Amorim, o técnico deseja viver um verão tranquilo e sem saídas destes elementos. Não esquecer Koba Koindredi, elemento a precisar de jogar após pouco espaço depois da chegada a Alvalade. Empréstimo seria uma boa opção?

O enigma Edwards

A explosão continua a tardar e 2023/24 foi mesmo uma época de quebra em relação à campanha anterior. O elevado talento continua lá, contudo, Edwards continua a ser um enigma de difícil gestão para Rúben Amorim.

Com 25 anos, a sua nacionalidade facilita, em teoria, um regresso ao futebol inglês e a possibilidade do Sporting conseguir algum retorno financeiro.

Por outro lado, já esteve mais valorizado - o salto de Trincão também contribuiu -  em Alvalade e perdura a dúvida se não pode voltar a esses tempos. Inspirado, consegue ser um dos jogadores mais influentes da I Liga.

Vender ou esperar um renascimento de Edwards: uma dúvida para o defeso do leão.

Roer as unhas até setembro

A contração mais cara da história do clube conseguiu superar as expetativas: 43 golos, uma massa adepta rendida e um impacto gigantesco no sucesso do leão em 2023/24.

Com uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros, o Sporting está bem protegido em relação a Gyökeres, com a participação na Liga dos Campeões a ser um bom argumento para motivar um jogador que não precisa de muito para dar tudo em campo.

O perigo está, porém, no desespero por golos que pode surgir em alguns gigantes europeus. O mercado vai estar aberto até ao final de agosto e, até lá, a dúvida sobre a sua continuidade irá pairar- ainda que a recente operação pela qual o jogador passou possa esfriar o interesse de tubarões. 

É a esperada a contração de um avançado - Ioannidis o nome mais forte -, mas nem isso vai tranquilizar os leões e as suas gentes. Os rivais, acreditamos, não ficariam muito chateados com uma saída do sueco.