Chegaram outra vez. Uns e outros. O FC Porto, habitual nestas lides, é o representante nacional na fase a eliminar na prova mais prestigiada do futebol de clubes. O Arsenal, após anos de ausência, também ganhou bilhete para a etapa decisiva. Uns mais que outros olham para esta prova como a de maior interesse nesta altura. Uns mais que outros têm armas para apresentar. E o espetáculo promete. A armada britânica, com toques e mais toques de competitividade espanhola, assente num Arteta que voltou a colocar o Arsenal entre os melhores de Inglaterra, aparece no Dragão num ótimo momento... que até pode ser traiçoeiro. Tal como no ano passado, quando caiu aos pés do Sporting, a envolvência na luta pela Premier League pode tirar algum foco. Um pormenor que pode ser pormaior para Sérgio Conceição e a sua equipa. Para os portistas, o campeonato está bem mais complicado e os tiros nos pés já podem ter hipotecado a hipótese de o vencer. Serve, por isso, a Liga dos Campeões de ânimo revigorado para qualquer um que a vá jogar. E, no meio de um contexto em que, individualmente, os gunners têm mais qualidade, residirá no esforço coletivo o segredo para nova campanha épica dos dragões. Fácil não será, mas tantas foram as vezes que parecia perto do impossível e aconteceu... O Dragão estará repleto e efervescente. Para ver a equipa conter os muitos cruzamentos que o Arsenal costuma fazer (e que bem se sentirá Pepe nesse papel, talvez em bloco mais baixo) e para ver as arrancadas de Galeno e Pepê, com mais relvado livre pela frente do que é costume no campeonato. Foi essa a receita para uma fase de grupos (mais uma) concluída com sucesso. Chegará para bater o Arsenal?
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