Depois da tempestade, a bonança

Depois da tempestade em Ponta Delgada - e de se ver em desvantagem ao intervalo -, o FC Porto venceu o Santa Clara pela margem mínima (1-2) e recebeu a bonança: a tranquilidade de estar nas meias finais da Taça de Portugal pela sétima vez consecutiva (!), onde vai encontrar o Vitória SC.

Rafael Martins marcou o golo dos açorianos ao minuto 27, ao passo que Evanilson - aos 52' - e Wenderson Galeno - ao minuto 61 - completaram a reviravolta.

Em relação ao jogo, como era previsível, nem Vasco Matos, nem Sérgio Conceição lançaram qualquer surpresa para o «11 inicial» do reatamento. A maior novidade acabou por ser Namaso que, após o resultado do primeiro tempo - desfavorável para os dragões -, entrou para o lugar de João Mário.

E a bola rolou (finalmente)

E que recomeço!! Depois de 27 minutos inenarráveis - praticamente não se viu futebol, por conta de um relvado absolutamente assustador - o jogo recomeçou e... golo.

O Santa Clara entrou com vontade e, após um lançamento longo de linha lateral, Rafael Martins aproveitou uma defesa defeituosa de Diogo Costa para, com um remate forte, inaugurar o marcador nos «primeiros segundos do encontro». Choque total no banco portista, a contrastar a festa nos Açores. [N.d.r: o melhor é mesmo ver].

Até ao final da primeira parte, o FC Porto não conseguiu responder à desvantagem - apatia inacreditável dos homens portistas - e, sem grandes problemas, a equipa da casa segurou o resultado até à ida aos balneários.

Que reação!

Esperava-se uma resposta forte dos dragões e a mensagem de Sérgio Conceição, no balneário, certamente passou. De resto, os dragões entraram com outra energia, vontade, acima de tudo, ambição. Namaso entrou para o lugar de João Mário - Pepê recuou para a posição de lateral direito -, o FC Porto entrou mais pressionante e rapidamente chegou ao golo.

Francisco Conceição aproveitou um erro na primeira fase de construção e - com classe - assistiu Evanilson que, com alguma felicidade à mistura - Marcos Díaz ficou muito mal na fotografia - colocou tudo na estaca zero.

Com o golo do empate, os dragões continuaram na mesma toada - energéticos e asfixiantes do ponto de vista defensivo - e Galeno, depois de nova jogada individual fantástica de Chico Conceição e um toque feliz, mas precioso, de Nico González, não vacilou. Belo remate do brasileiro que, aos 51', facilitou na cara de Díaz.

Vasco Matos, até final, mexeu com o jogo - Safira e Ricardinho entraram - e o jogo agitou. O ponta de lança brasileiro, de resto, por duas ocasiões foi protagonista. Depois de nova falha de Diogo Costa - guardião português em dia 'não' -, o brasileiro esteve perto do golo (lance em que motivou queixas dos açorianos por alegado toque de Pepe) e, dois minutos depois, acertou no poste, na sequência de um canto.

Ainda assim, os comandados de Sérgio Conceição seguraram a vantagem mínima e seguem para as meias finais da prova rainha.