Depois do parasita no cérebro, o urso morto. Candidato à Casa Branca confessa ter largado urso num parque em Nova Iorque

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Eleições nos EUA

05 ago, 2024 - 20:59 • João Pedro Quesado

Robert F. Kennedy Jr. está a tornar-se mais conhecido pelas histórias estranhas do que por ser uma verdadeira alternativa aos dois principais candidatos, Kamala Harris e Donald Trump.

Não há só dois candidatos à Casa Branca, e um dos outros acaba de conseguir bater o seu próprio recorde de história mais estranha do ciclo eleitoral. O independente Robert F. Kennedy Jr. confessou este domingo ter largado um urso morto no principal parque de Nova Iorque em 2014, através de um vídeo publicado nas redes sociais – filmado para se antecipar à revelação do estranho caso num perfil da “The New Yorker”.

No vídeo, Robert F. Kennedy Jr. afirma que não matou o urso, contando à atriz Roseanne Barr – apoiante de Donald Trump – que encontrou o animal na berma de uma estrada na zona norte do estado de Nova Iorque enquanto levava um grupo de pessoas a caçar.

O atual candidato presidencial diz que recolheu o urso para o esfolar, e que “ia pôr a carne no frigorífico” - o que ressalva ser legal no estado de Nova Iorque. Com o urso na mala do carro, o grupo foi caçar até tarde, conta Robert F. Kennedy Jr., e no final foi diretamente para um jantar num restaurante em vez de passar por casa e deixar o corpo do urso.

Depois do jantar, continua o candidato independente, o membro do clã Kennedy apercebeu-se que tinha de ir diretamente para o aeroporto, e recordou-se de uma série de acidentes de bicicletas na cidade de Nova Iorque. Nesse momento, optou por deixar o corpo do urso no famoso Central Park, manipulando o local para fazer parecer que tinha sido um acidente de bicicleta a matar o urso.

O vídeo foi divulgado para Robert F. Kennedy Jr. se antecipar à publicação de um perfil sobre ele próprio na revista “The New Yorker”, em que a história surge, já quase no fim, no meio do relato do envolvimento do candidato com o movimento anti-vacinas, que se tornou proeminente durante a pandemia de covid-19.

No artigo surge ainda uma foto de Robert F. Kennedy Jr. com o urso morto na mala do carro, em que finge estar a ser mordido pelo animal.

O aparecimento do urso morto no Central Park foi noticiado pelo “The New York Times” em 2014. A jornalista que escreveu a notícia foi, curiosamente, Tatiana Schlossberg, prima em segundo grau de Robert F. Kennedy Jr..

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Tatiana Schlossberg é filha de Caroline Kennedy, que é filha de John F. Kennedy, o que faz de Caroline de prima de Robert Jr., que é filho de Robert F. Kennedy Sr. - o irmão do Presidente Kennedy, que foi assassinado em junho de 1968, quando era senador e candidato à nomeação do Partido Democrata para a Casa Branca.

Robert F. Kennedy Jr. já foi o protagonista de outra notícia peculiar na campanha para as eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos da América. Em maio, o candidato revelou ao “The New York Times” que teria tido, em 2010, um parasita no cérebro.

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O médico de Robert F. Kennedy Jr. terá dito que a anormalidade vista nos exames ao cérebro tinha sido provocada por “um parasita que entrou no cérebro e comeu uma parte dele e depois morreu”.

A candidatura de Robert F. Kennedy Jr. tem perdido gás nos últimos meses. Depois de entrar em 2024 como o candidato mais novo à presidência, e registar cerca de 15% de intenções de voto nas sondagens – conseguindo votos dos chamados “duplos odiadores”, que rejeitavam tanto Donald Trump como Joe Biden por ser mais velhos.

Desde aí, com a campanha a aumentar de ritmo e Kamala Harris a assumir a candidatura do Partido Democrata, o membro da família Kennedy tem descido nas sondagens, e não está a cumprir os mínimos necessários para participar nos debates televisivos. Atualmente, as sondagens projetam que Robert F. Kennedy Jr. apenas conseguirá cerca de 5% dos votos a nível nacional.

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