Desaparecido há uma semana. UE reitera pedido de libertação "imediata" de Alexei Navalny

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Evgenia Novozhenina - Reuters

A União Europeia reiterou esta terça-feira o pedido de libertação “imediata” do opositor russo Alexei Navalny, que está desaparecido há uma semana. A Rússia rejeitou as preocupações sobre o paradeiro de Navalny e denunciou a interferência dos EUA como “inaceitável”.

O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, considerou que as notícias sobre o desaparecimento de Alexei Navalny são “muito preocupantes” e apelou à sua libertação “imediata”.

“Os líderes políticos russos são responsáveis pela sua saúde e segurança na prisão e serão responsabilizados”, salientou.

Highly worrying news of @Navalny missing for 7 days. Russia’s political leadership is responsible for his safety & health in prison for which they will be held to account

The EU reiterates its call for his immediate &unconditional release from
politically motivated incarceration

— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) December 12, 2023
“A UE reitera o seu apelo à sua libertação imediata e incondicional da prisão por motivação política”, apelou Borrell.

Navanly, o opositor mais proeminente do regime russo, está detido há quase três anos, acusado de crimes de ativismo extremista. Desde meados do ano passado que Navalny estava detido numa colónia penal de alta segurança em Melekhovo, 235 quilómetros a leste de Moscovo.

No entanto, há cerca de uma semana que os advogados e a equipa do principal opositor de Putin não têm notícias dele.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, também afirmou na segunda-feira que Washington estava “profundamente preocupado” com o bem-estar de Navalny e lembrou às autoridades russas que elas eram responsáveis pelo que aconteceu com ele.

O Kremlin, por sua vez, rejeitou as preocupações sobre o paradeiro do político da oposição e disse aos Estados Unidos para “cuidarem da sua própria vida”.

"Estamos a falar de um prisioneiro que foi considerado culpado perante a lei e está a cumprir a sua sentença. E aqui consideramos qualquer interferência de qualquer pessoa, incluindo os EUA, como inaceitável e impossível", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.
Desaparecido há sete dias
Kira Yarmysh, porta-voz de Navalny, disse na segunda-feira que o último dia em que a equipa teve novidades sobre o opositor russo foi a 5 de dezembro.

Na semana passada, os advogados foram impedidos de entrar na prisão onde Navalny estava e quem os recebeu alegou uma avaria no sistema elétrico da cadeia que impedia as visitas.

“Um funcionário da colónia penal 6 afirmou que Alexei deixou a sua colónia, mas disse que supostamente não sabia para onde foi transferido", escreveu Yarmysh na rede social X.

Сегодня Алексея опять не вывели по видео в суд, но теперь глупости про «аварию с электричеством» никто не говорит. Сотрудник ИК-6 заявил, что Алексей «убыл из их колонии», но куда его перевели - якобы не знает.

6 дней они врали про «аварию» просто для того, чтобы тянуть время.

— Кира Ярмыш (@Kira_Yarmysh) December 12, 2023
Era esperado que Navalny fosse transferido para uma colónia penal de "regime especial", o nível mais severo do sistema prisional russo, depois de ter sido condenado em agosto a mais 19 anos de prisão, além dos 11 anos e meio que já cumpria.

Esta segunda-feira, a equipa de Navalny visitou duas colónias prisionais diferentes onde os advogados acreditam que o ativista possa estar, mas nos dois locais não foi confirmada a presença do opositor russo.

A equipa afirma que Navalny devia ter participado remotamente em pelo menos duas audiências de tribunal durante estes seis dias, mas falhou ambas.

Não é claro se Navalny está em trânsito para uma prisão de maior segurança, sendo que a transferência pode demorar vários dias.

Os aliados de Navalny exigem saber o seu paradeiro, alegando que a saúde do ativista russo está em risco.

O desaparecimento de Navalny ocorre no início do período de campanha para as eleições presidenciais de março, quando se espera que Vladimir Putin seja eleito para um novo mandato de seis anos.

c/agências

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