“Desinformação? A Rússia irá sempre ajudar a extrema-direita”, adverte especialista

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A ideia foi deixada pelo checo Jakub Kalenksý, um especialista neste tema que lidera o Centre of Excellence for Countering Hybrid Threats, numa ação desenvolvida pela Microsoft relacionada com Inteligência Artificial Generativa, Cibersegurança e Eleições, que decorreu em Florença e em que o JE marcou presença.

A desinformação, que pode ser potenciada pela Inteligência Artificial, é uma ameaça constante para as democracias e em 2024, ano de “todas as eleições”, pode representar sérios desafios às autoridades com um protagonista mais do que previsível: a Rússia liderada por Vladimir Putin.

A ideia foi deixada pelo checo Jakub Kalenksý, um especialista neste tema que lidera o Centre of Excellence for Countering Hybrid Threats, numa ação desenvolvida pela Microsoft relacionada com Inteligência Artificial Generativa, Cibersegurança e Eleições, que decorreu em Florença e em que o JE marcou presença.

Ao contrário do que se possa pensar, a disseminação da desinformação ainda não chegou com enorme expressão à Europa. Destaca este responsável que “ao contrário de outros destinos como Taiwan, não temos visto muita disseminação de desinformação na Europa”.

No entanto, Jakub Kalenksý não tem dúvidas de que a União Europeia, que vive um período de importantes decisões nos próximos meses, será sempre um alvo muito apetecível para um gigante que “tem décadas de experiência” no campo da desinformação.

“A Rússia é o principal ator no que diz respeito à desinformação. O Kremlin tem muitas ferramentas de desinformação e é uma fonte de campanhas deste género. A Rússia tem um histórico de potencial de desinformação e vai sempre ajudar a extrema-direita”, enfatizou este responsável.

E o que pode a Europa fazer no sentido de evitar que a desinformação, seja através de “deep fakes” ou de forma mais tradicional, possa ter efeito junto do público? Jakub Kalenksý acredita que “é importante que as autoridades locais construam pontes com as populações, que haja capacidade de fomentar a literacia junto dos eleitores e evitar a polarização”.

Nota: O jornalista viajou até Florença, Itália, a convite da Microsoft

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