Deslizamentos de terras na Índia fazem pelo menos 44 mortos

Pelo menos 44 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas depois de vários deslizamentos de terra em plantações de chá e do desabamento de uma ponte no estado de Kerala, na Índia, na sequência de chuvas intensas.

As imagens televisivas mostraram equipas de socorro a abrir caminho por entre as rochas e árvores arrancadas enquanto a água lamacenta jorrava, com muitas casas destruídas. Um homem foi visto a lutar para se libertar depois de ter ficado preso na lama à altura do peito durante horas, uma vez que as equipas de resgate não conseguiram alcançá-lo, apesar dos vários esforços.

Já passava da meia-noite quando ocorreu o incidente e os trabalhadores e as famílias dormiam no distrito de Wayanad, em Kerala, um estado conhecido por ser um dos destinos turísticos mais populares da Índia. É o pior desastre lá desde 2018, quando fortes inundações mataram quase 400 pessoas.

O ministro do Estado de Kerala, MB Rajesh, disse à agência de notícias ANI que pelo menos 44 pessoas morreram e 250 foram transferidas para abrigos temporários, mas os esforços de resgate foram prejudicados devido ao colapso de uma ponte. Estava prevista mais chuva ao longo do dia.

"Tememos que a gravidade desta tragédia seja muito maior. As operações de resgate estão a ser realizadas por várias agências em pé de guerra", disse Rajesh.

Quase 350 famílias viviam na região afetada, a maioria plantações de chá e cardamomo, disse à Reuters uma fonte local.

Os engenheiros do Exército foram convocados para ajudar a construir uma ponte alternativa depois de aquela que ligava a área afetada à cidade mais próxima de Chooralmala ter sido destruída, disse o gabinete do ministro-chefe de Kerala em comunicado.

— RT_India (@RT_India_news) July 30, 2024

Rashid Padikkalparamban, um residente envolvido nos esforços de socorro, disse que houve pelo menos três deslizamentos de terra na área a partir de cerca da meia-noite, que destruíram a ponte que liga as propriedades Mundakkai a Chooralmala.

“Muitas pessoas que trabalhavam nas propriedades e permaneciam em tendas improvisadas no interior estão presas ou desaparecidas”, disse.

As operações de resgate foram dificultadas porque a área não era acessível por estrada devido ao colapso da ponte, disse à Reuters Mohsen Shahedi, um alto funcionário da Força Nacional de Resposta a Desastres.