Desperdício quase terminou no abismo do Castelo

6 meses atrás 93

Com sofrimento, o Vitória venceu o Famalicão por 1-0 e aproximou-se do Braga na corrida ao quarto lugar. Um primeiro tempo ofensivo e de algum desperdício do Vitória, que respirou melhor com um grande golo de Jota perto do intervalo. Os vitorianos sofreram até ao fim e, com alguma sorte à mistura, viram o cabeceamento de Cádiz embater no poste, no último lance da partida

Perante a possibilidade de ganhar terreno ao Moreirense no quinto lugar e de se aproximar do Braga na luta pelo quarto lugar, o Vitória não facilitou e marcou passo para o que falta do campeonato.

De sentido único

Ainda as equipas apalpavam terreno e Cádiz colocou a bola no fundo das redes, mas a posição irregular do avançado invalidou o golo. Ficou o aviso famalicense, mas pareceu só mesmo aviso. Desde esse fatídico - para o Famalicão - minuto três, nunca mais se viu os azuis e brancos, equipados de amarelo, no meio campo ofensivo. 

Jota é a figura do Vitória @Kapta+

A avalanche ofensiva vitoriana chegou, e chegou para ficar. Jota isolou-se por duas ocasiões, mas não parecia a noite mais inspirada do extremo. Por outro lado, Nelson Oliveira foi mostrando belo recorte técnico em vários lances no desenho ofensivo, com destaque para o isolar de Jota, num primeiro momento, e um passe de calcanhar delicioso para Bruno Gaspar.

Perante a persistência ofensiva dos vimaranenses, um nome surgia à cabeça: Luiz Júnior. O guardião famalicense foi parando tudo. Primeiro, um remate potente de Nelson Oliveira, a passe magistral de João Mendes, e depois, um cabeceamento de Mikel, regressado de lesão após quase meio ano de fora. 

O resultado parecia injusto dado o volume ofensivo caseiro, situação que Jota fez questão de resolver perto do intervalo. Nelson Oliveira só teve de dominar e Jota fez o resto. Acelerou pela direita, deixou dois adversários para trás e fuzilou Luiz Júnior para o desatar do nó. Ao seu melhor estilo, o avançado natural de Melres levou tudo à frente, e deixou os Conquistadores a vencer ao intervalo.

Deixar andar quase deu mau resultado

O segundo tempo começou à medida do primeiro: o Famalicão tentou a iniciativa, não resultou e os índices competitivos dos famalicenses voltaram a baixar. Danho foi oferecendo profundidade, mas a definição quase nunca foi a melhor. Borevkovic, após cruzamento de Moura, quase fez autogolo, mas a bola saiu ao lado. A carga vitoriana voltou em força, mas sem acerto, à medida do que foram os primeiros 38 minutos do primeiro tempo.

Tiago Silva soltou uma bomba de muito longe, mas Júnior brilhou novamente e João Mendes, à hora de jogo, falhou clamorosamente com a baliza toda aberta, após passe perfeito de Mangas. O desacerto criou incerteza no D.Afonso Henriques e deixou os adeptos mais silenciosos e expectantes. João Pedro Sousa mexeu e desmontou a linha de três centrais, organizando-se num 4-2-4, com Nathan e Chiquinho responsáveis pelo corredor direito do Famalicão e a equipa ficou mais ofensiva, mas sem nunca criar perigo efetivo à baliza de Charles. 

Já no tempo de compensação, Luiz Júnior derrubou Kaio César dentro da área, após um lance de desentendimento da defensiva famalicense, mas Butzke perdeu a oportunidade de se estrear a marcar pelo Vitória, mérito novamente para o guardião, que defendeu o remate forte do espanhol.

No último lance da partida, quase um balde de água fria em Guimarães. Aranda bateu um livre para a área e Cádiz, com um cabeceamento poderosíssimo, esbarrou o empate no poste da baliza vitoriana, salvando a perda de dois pontos por parte dos da casa.

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