Os autarcas do Algarve pedem mais dinheiro do Plano de Recuperação e Resiliência para pagar a construção da dessalinizadora. A obra vai custar o dobro e há um buraco de 50 milhões de euros que pode vir a ser pago pelos consumidores.
Vai alta a fatura para poder vir a extrair do pedaço de mar, ao largo da Praia da Falésia, 16 hectómetros cúbicos de água potável por ano, o equivalente a 20 por cento do consumo urbano no Algarve.
Desde que a dessalinizadora começou a ser pensada, a estimativa de custo praticamente duplicou. Chega agora, em fase de concurso, aos 108 milhões de euros. O PRR, que deveria pagá-la, prevê apenas 60 milhões. Há um buraco de 50 milhões de euros, que aflige os autarcas.
O Algarve precisa de uma dessalinizadora? Projeto está a gerar polémica
O dia é de atribuição de 155 milhões de euros de fundos comunitários à gestão da comunidade intermunicipal, onde não cabem os tais 50 que faltam à dessalinizadora. Pede-se, por isso, ao Governo que procure no bolo do plano de recuperação e resiliência o dinheiro que evite a escalada das tarifas.
O secretário de Estado deixa a garantia de reavaliação para breve. Há projetos que terão de sair do PRR, outros como a dessalinizadora que precisam de mais dinheiro, se de facto, conseguirem ser erguidos até 2026.
A chave estará na reprogramação do PRR, cujo calendário, para já, não tem compromisso do Governo.
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