Detido venezuelano por tráfico de pessoas e armas para Trinidad e Tobago

8 meses atrás 74

A detenção foi confirmada pelo diretor do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas [CICPC], Douglas Rico, através das redes sociais.

"Uma comissão do CICPC, adscrita à Coordenação de Operações Estratégicas da Delegacia Municipal de Tucupita [720 quilómetros a sudeste de Caracas], estado de Delta Amacuro, deteve C.D.G.L., intitulado de El Teletubi, de 24 anos de idade, por tráfico de pessoas e munições", anunciou Douglas Rico no Instagram.

Na mesma rede social, Douglas Rico disse que os agentes "levaram a cabo uma exaustiva e meticulosa investigação de campo, iniciada pelo crime de pessoa extraviada", que levou à identificação e detenção de El Teletubi, "responsável pela receção das vítimas numa doca clandestina para posteriormente as transportar de maneira ilegal em barcos a Trinidad e Tobago".

"De igual modo, este criminoso, junto com outras pessoas em fuga, dedicava-se ao tráfico de armas de fogo e munições para a Trinidad", frisou.

O diretor do CICPC notou ainda que no processo de detenção de El Teletubi, foram encontrados 15 cartuchos de munições de calibre 7,62 mm.

Em 31 de dezembro, Douglas Rico anunciou que foram detidos três indivíduos de 23, 27 e 27 anos de idade, envolvidos no tráfico de pessoas.

Os detidos contactavam as vítimas através da rede social Facebook, oferecendo-lhes aliciantes oportunidades de emprego em Trinidad e Tobago, para onde eram levadas em embarcações ilegais e depois exploradas sexualmente.

Em 20 de dezembro último, após 18 meses de julgamento, um tribunal de Puerto Ordáz, a 660 quilómetros a sudeste de Caracas, condenou quatro mulheres e um homem a 30 anos de prisão pelo envolvimento no tráfico de uma adolescente de 16 anos.

As mulheres, de 19, 20, 21 e 34 anos, e o homem, de 30 anos, foram acusados de tráfico de pessoas na modalidade de captação e transporte.

Foram detidos quando, junto com a adolescente, circulavam num táxi, conduzido pelo homem, desde a cidade de Bolívar para Tucupita, tendo a vítima revelado às autoridades que lhe tinha sido oferecido um emprego como dama de companhia em Trinidad e Tobago.

A imprensa local tem dado conta de denúncias de organizações não-governamentais sobre crimes de tráfico de pessoas no país e de notícias sobre a detenção de perpetradores e do resgate de vítimas. Também de apelos das autoridades, centrados no reforço da prevenção deste tipo de crime.

Em novembro de 2023, a ONU realizou uma ação de formação de juízes venezuelanos sobre o tráfico de pessoas e aspetos relacionados com a migração irregular para outros países.

Em 2022, segundo a ONG Mulier Venezuelana, 1.390 mulheres venezuelanas, entre elas 284 crianças e adolescentes, foram resgatas pelas autoridades.

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