Em conferência de imprensa em Bruxelas, o porta-voz da diplomacia da UE, Peter Stano, indicou que estão em curso conversações do bloco comunitário com os seus parceiros internacionais e Pristina para gerir esta crise.
"A nossa posição é que devem ser evitados passos unilaterais e não-coordenados e que esta questão deve ser tratada no âmbito do diálogo", defendeu.
Stano enviou uma mensagem às autoridades kosovares assegurando-lhes que "fariam bem em ouvir as mensagens dos seus parceiros e aliados", salientando que esta posição é partilhada pela UE, pelos Estados Unidos e pela NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
A intenção de Pristina de reabrir a ponte, cujo encerramento desde 2011 divide Mitrovica numa parte sérvia e outra albanesa, é o último motivo de tensão entre o Kosovo e a Sérvia.
Entretanto, numa deslocação a Pristina, o subsecretário-geral da NATO para os Assuntos Políticos e a Política de Segurança, Boris Ruge, reiterou a mesma mensagem à Presidente kosovar, Vjosa Osmani.
"Quanto à ponte sobre o rio Ibar, sublinhei a opinião da NATO de que as decisões devem ser tomadas através do diálogo e de forma coordenada. É essencial que todos os atores se abstenham de declarações e ações unilaterais que possam criar tensões", afirmou Ruge nas redes sociais.
O responsável da Aliança Atlântica sublinhou que o diálogo e a coordenação entre Belgrado e Pristina são "fundamentais" para garantir "uma segurança duradoura no Kosovo e para a estabilidade regional".
As autoridades kosovares têm defendido a reabertura da ponte como um "símbolo de normalização" das relações entre o Kosovo e a Sérvia, mas Osmani concordou que Pristina não tomará medidas sem a aprovação dos seus parceiros.
Na opinião de Washington, a ponte sobre o rio Ibar deveria ser reaberta ao trânsito automóvel, como o Kosovo exige, mas considera que o momento não é o mais adequado devido às tensões étnicas e aos problemas de segurança que tal decisão poderá criar.
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