Dez mil soldados norte-coreanos ao serviço da Rússia vão combater na Ucrânia, alerta Zelensky

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A Coreia do Norte forneceu munições e mísseis para ajudar Moscovo nos objetivos da guerra contra a Ucrânia, porém os relatórios das secretas ocidentais avançaram que Pyongyang está a enviar um grande número de militares para combater ao lado das forças russas.

Os relatos foram confirmados esta semana pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, que alerta para que os laços entre Rússia e Coreia do Norte estão a entrar numa “nova fase e mais preocupante”.

“Sabemos que estão a preparar cerca de dez mil soldados da Coreia do Norte para enviá-los para lutar contra nós” declarou Zelensky.

Durante a Cimeira Europeia dedicada às migrações, a decorrer em Bruxelas, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky foi defender o seu “plano de vitória” contra a Rússia, que implica maior esforço ocidental a Kiev.

Segundo o Presidente ucraniano, Vladimir Putin está a “tentar envolver” outras partes “nesta guerra” por causa das “pesadas perdas” sofridas pelo exército russo, para além de que “receia que uma mobilização de recrutamento” em solo russo o que o tornaria muito impopular.

Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-un, assinaram um “acordo secreto de ajuda mútua” em junho. As boas relações entre os dois países terão favorecido a transferência de munições e mísseis. E agora, contingente militar.

A alegada transferência de um grande número de tropas norte-coreanas ocorre num momento em que Putin vê crescer um desconforto no país devido à duração e o custo da guerra, tanto financeiramente quanto em termos de baixas.

De acordo com a publicação New York Times, setembro passado foi o mês "mais sangrento" até agora, para as tropas russas, no conflito na Ucrânia. Desde o início da guerra foram reportados cerca de 115 mil russos mortos e 500 mil feridos.

Esta semana, o Kyiv Post citou fontes militares ucranianas relatando que perto de três mil soldados norte-coreanos, munidos de armas pequenas estavam a caminho da Rússia, para participarem em “operações de alto risco destinadas a reduzir a pressão sobre as forças russas”.

Durante o apelo por mais ajuda ocidental Zelensky argumentou ter informações dos "serviços de inteligência" ucranianos que indicaram que os oficiais norte-coreanos já estão na zona ocupada na Ucrânia pelos russos. “Eles já se juntaram ao exército russo”, garantiu.

De acordo com a agência France Press, um meio de comunicação ucraniano indicou recentemente que seis oficiais norte-coreanos morreram num ataque com mísseis ucranianos perto de Donetsk, no leste ocupado da Ucrânia.

O Kremlin, por sua vez, negou esta informação.

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