O Benfica estreia-se, este domingo, na nova edição da Liga Portugal Betclic. Os encarnados visitam o terreno do FC Famalicão e este sábado foi dia de antevisão à partida. Roger Schmidt respondeu às primeiras perguntas dos jornalistas, no Benfica Campus, com vista ao arranque oficial da nova temporada.
Para além de ter abordado as questões em torno de João Neves e Renato Sanches, o treinador encarnado foi questionado sobre a renovação de Ángel Di María e a possível saída de David Neres. Schmidt deixou ainda no ar as primeiras impressões sobre a equipa em relação à pré-temporada e falou sobre a pressão no arranque de uma nova campanha.
Roger Schmidt em discurso direto
Impressões da equipa: «Depois de uma pré-época difícil, são boas. Acho que os jogadores trabalharam arduamente na pré-época, tivemos de integrar alguns jogadores novos. No geral, a mentalidade e o foco no treino e nos jogos amigáveis foram muito bons. Experimentámos algumas coisas também nos jogos amigáveis e penso que estamos prontos para começar a época. Estamos satisfeitos por começar, foi uma pré-época longa e precisamos da competição.»
Adversário: «Começar em Famalicão é uma tarefa difícil, sabemos isso pelos últimos dois anos. Cabe-nos a nós transferir o que fizemos na pré-época para o relvado em Famalicão. No geral, acho que os jogadores estiveram muito bem. Infelizmente, tivemos as lesões do Andreas Schjelderup e do Benjamín Rollheiser, que vão voltar nas próximas duas, três semanas. Todos os outros jogadores estão saudáveis e em boas condições físicas.»
Renovação de Di María: «Traz-nos muita qualidade e mentalidade vencedora. Foi o último jogador nos jogos internacionais, o que significa que jogou a final. Ganhou a Copa América novamente, ganharam-na por duas vezes, com o Mundial pelo meio, e ele esteve sempre em campo. Mostrou a qualidade dele na última temporada e eu já tinha dito que gostava que ficasse mais um ano. Aconteceu e estou muito feliz com isso.»
«A qualidade, a mentalidade e a experiência fazem dele um jogador muito importante para nós. Veio agora de três semanas de férias, fez também muito trabalho individual, mas não pode estar na sua forma máxima nesta altura, tal como outros jogadores que voltaram mais tarde. Nas próximas semanas, a missão é de colocar estes jogadores em forma, mas também de vencer os nossos jogos e é assim que temos de começar no domingo.»
Equipa mais forte do que há um ano e favorito ao campeonato: «Temos que o provar em campo. Dizê-lo antes da época começar não faz muito sentido, mas achamos que estamos preparados para uma época difícil. Temos candidatos para todos os títulos, são sempre os mesmos. Vejo muito equilíbrio na nossa equipa, acho que tivemos alguns problemas na última época com isso.»
«Tivemos dificuldades com as laterais, mas agora com o Álvaro e o Jan-Niklas na esquerda e com o Alex de volta à direita estamos mais compactos. Temos o Aursnes novamente mais para o meio-campo ofensivo, uma posição onde jogou a um grande nível na primeira época. Temos novos jogadores na frente com o Pavlidis, com o Barreiro no meio-campo, temos jovens que entraram no plantel e fizeram uma boa pré-época.»
«Vejo muita energia positiva, qualidade no treino e muito compromisso com a filosofia de jogo. Queremos jogar futebol de ataque, com muita intensidade. O que sinto agora é que os jogadores gostam de jogar desta forma e acho que isso se viu na pré-época. Mas isso foi a pré-época e agora não interessa, temos de trazer tudo o que construímos nessa altura para este jogo. Queremos ganhar o campeonato, isso é muito claro. Se somos favoritos ou não, não importa.»
Maior pressão em si: «Acho que qualquer época nova é a de maior pressão. No próximo ano, provavelmente vão perguntar-me a mesma coisa. Estamos no Benfica, não é um clube fácil. É um clube exigente, as expetativas são sempre de vencer títulos e muitos jogos. Todos os jogos são motivo de pressão, mas estamos habituados a isso. Acho que mostrámos, nos últimos dois anos, que conseguimos aguentar a pressão e focar-nos em jogar futebol.»
«Lidar com esta situação da melhor forma é usar os 90 minutos para mostrar que somos melhores do que o adversário, jogar futebol de alta intensidade e ter uma ideia clara de como queremos jogar. Esse é o nosso foco e a vantagem de jogar futebol de forma proativa, porque não pensas na pressão durante o jogo e pensas no que tens de fazer no relvado. É a melhor forma de lidar com a situação e estamos ansiosos. Sabemos que temos qualidade, temos muita autoconfiança e respeito pelos adversários. Sabemos que não é fácil jogar contra o Famalicão, mas o respeito, autoconfiança, equilíbrio e qualidade que temos dá-nos também calma para lidar com a pressão.»
David Neres: «Neste momento, é nosso jogador. Estamos a meio de agosto, portanto enquanto o mercado estiver aberto, temos de gerir essas situações de interesses de clubes e agentes. Há sempre rumores, às vezes os negócios acontecem e outras vezes não. Não faz sentido pensar muito nisso. Precisamos de um plantel capaz de lutar por títulos e acho que o temos. O equilíbrio existe, como disse. Mas também temos de aceitar que há desejos e interesses. Estou tranquilo com isso e, a dois dias do primeiro jogo, o meu foco é esse.»
«Estas coisas acontecem nos bastidores. Talvez alguns jogadores saiam até 1 de setembro, talvez outros cheguem. É possível, mas não é 100 por cento garantido. Vamos ver o que acontece. Também não está nas minhas mãos, porque no fim as decisões são tomadas por muitos grupos diferentes. Estou tranquilo. Neste momento, o plantel está equilibrado e vamos ver o que acontece.»
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