Dia 8 dos Jogos Olímpicos: acompanhe tudo em direto

O israelita Tom Reuveny é o novo campeão olímpico de windsurfing (IQFoil), ao vencer na final com 6:43 minutos, à frente do australiano Grae Morris (a 5 segundos) e do holandês Luuc van Opzeeland (a 10 segundos).

No feminino o título foi para a italiana Marta Maggetti, à frente da israelita Sharon Kantor e da britânica Emma Wilson (bronze no RS:X de Tóquio).

Com 1.92 metros na qualificação, Valdileia Martins não só se apurou para a final olímpica do salto em altura, como igualou o recorde nacional do Brasil. Um feito incrível para a já veterana brasileira de 34 anos, mas que ganha um peso ainda mais forte tendo em conta o drama que a própria viveu nesta semana. Uma semana de história pessoal, com a sua primeira presença olímpica, mas que ficou desde logo marcada pela trágica morte do seu pai. Foi na segunda-feira, cinco dias antes da estreia olímpica, quando já estava em Paris.
 
"Comecei a chorar, não perguntei à minha irmã como tinha acontecido. Parei de chorar, recompus-me e voltei a treinar. O Nei [Neilton Moura, treinador em Paris] nem percebeu que eu estava diferente. Só quando a minha outra irmã me ligou para perguntar se eu sabia é que o Nei me viu a chorar e perguntou o que tinha acontecido", revelou a Valdileia, em declarações ao UOL Esporte.

Apesar do drama, Leia, como é conhecida no seio familiar, ficou e competiu, muito por culpa daquilo que a mãe lhe disse numa conversa na terça-feira. "Quero que fiques e compitas, que era o que seu pai queria. Ele estava feliz e orgulhoso de você", disse a mãe da atleta nessa conversa.

E assim foi. Valdileia não só competiu, como se superou. Passou dos anteriores 1.90 metros de recorde pessoal para os 1.92 e carimbou um lugar como uma das 12 melhores do mundo. A final é no domingo à noite e aí, certamente, as emoções serão bem fortes.

Dia com resultados totalmente opostos para Eduardo Marques nas duas regatas do dia em Dinghy (ILCA 7). O português, que começou o dia em 9.º na classificação geral da sua classe, iniciou a jornada com um 35.º posto na primeira regata do dia (o seu pior resultado até ao momento), mas conseguiu corrigir de forma brilhante na segunda, ao vencer com 6 segundos para o velejador australiano Matt Wearn, o líder da tabela.

Com este resultado, e como 'anula' o pior resultado, Eduardo Marques mantém-se em 9.º na geral, dentro das 10 posições de apuramento para a Medal Race. Contudo, ao ter já dois maus resultados e mesmo apagando um deles, o português está obrigado a ser bastante regular até final nas quatro regatas em falta.

Os Jogos Olímpicos são palco de sonhos que se concretizam, mas também podem ser um palco para alertar o planeta para muitos temas sensíveis que, em algumas vezes, não são do conhecimento geral ou de grande espaço na imprensa internacional. É o caso do conflito que se vive e arrasa por vários anos no Congo, que levou na sexta-feira a pugilista Marcelat Sakobi a fazer um gesto simbólico e muito poderoso em sinal de alerta.

Dois dedos apontados à cabeça e a outra mão a tapar a boca. Para sinalizar não só o genocídio que ocorre no Leste do país, mas também a censura recorrente, num gesto que também tinha sido feito pela seleção sudanesa na CAN.

Um gesto feito para as câmaras pouco depois de ter sido eliminada nos oitavos-de-final da categoria de 57kg no boxe, numa altura na qual a Sakobi estava visivelmente emocionada. A usbeque Sitora Turdibekova, que tinha acabado de vencer, percebeu a emoção e confortou a adversária.

Passaram todos os favoritos, com cinco atletas a correrem abaixo dos 10 segundos: Kenneth Bednarek (9.97),
Fred Kerley (9.97), Louie Hinchliffe (9.98), Emmanuel Eseme (9.98) e Oblique Seville (9.99). O último atleta a apurar-se para as meias-finais por repescagem foi o nigeriano Favour Oghene Tejiri Ashe, com 10.16.

Nota para a performance de Eseme, atleta do Sporting, e ainda para Dorian Keletela, que pela equipa dos refugiados se quedou pelo 65.º posto, com 10.58.

O português Pedro Buaró afirmou estar desiludido com a sua prestação, depois de ter ficado de fora da final do salto com vara, ao falhar os três saltos a 5,60 metros.

"Foi duro, estou um bocadinho desiludido. Claro que queria mais, mas foi o possível hoje. Dei tudo, deixei tudo lá na pista, fiz o possível e o impossível para chegar mais longe. Não estava bem, não estava nas melhores condições, não estava a conseguir correr rápido, nem a conseguir meter as varas e foi este o resultado", afirmou no final o saltador madeirense, de 23 anos.

A estreia olímpica e o facto de saltar frente aos tubarões da especialidade não serviram de desculpa para esta prestação menos conseguida por parte do atual recordista nacional, com 5,82 metros. "Já tinha competido com eles, não é essa a questão. Estava tranquilo quanto a isso e até é motivante estar aqui com tanta gente e competir com os grandes, isso motiva ainda mais. Só tenho pena de não ter corrido bem", finalizou o atleta do Benfica, depois de concluir o concurso no 26.º lugar - 11.º do Grupo B.

O primeiro medalhado olímpico de Cabo Verde, o pugilista David de Pina, teve de interromper a preparação para Paris'2024 durante dois meses para trabalhar na construção civil em Portugal, revelou o seu treinador à agência Lusa.
 
"Foi trabalhar dois meses para as obras para ter dinheiro para casa, para a família, para poder comer", disse Bruno Carvalho, menos de 24 horas após Pina se ter qualificado para as meias-finais da categoria de -51 kg do torneio masculino de boxe.

Leia a reportagem na íntegra.

| Het sprinttoernooi is begonnen voor Kishane Thompson, de grootste uitdager van Noah Lyles op de 100 meter! De Jamaicaan plaatst zich met 10,00 freewheelend voor de halve finale. ‍?? #Paris2024

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Do tiro passamos para o remo, que já entregou os 4 títulos olímpicos do dia, dois nos single sculls, dois no oito com timoneiro.

Nos single sculls, a holandesa Karolien Florijn venceu no feminino, após uma prova na qual dominou de fio a pavio. Terminou com quase dois segundos de avanço para a neozelandesa Emma Twigg e mais de três para a lituana Viktorija Senkute. Florijn conseguiu o seu primeiro ouro olímpico, depois de ter sido prata em Tóquio na equipa holandesa de quatro. Já a lituana deu ao seu país a primeira medalha de sempre no remo.

1. Karolien Florijn (Holanda), 7:17.28
2. Emma Twigg (Nova Zelândia), 7:19.14
3. Viktorija Senkute (Lituânia), 7:20.85

No single scull masculino, o título vai para o tricampeão mundial Oliver Zeidler. O germânico triunfou com mais de cinco segundos de avanço para o russo (neutral) Yauheni Zalaty e sete para o holandês Simon van Dorp. Para a Alemanha foi a primeira medalha neste evento desde Sydney 2000. Para a Holanda foi a primeira desde... 1968. Muita história feita nesta prova!

Oliver Zeidler (GER): 6:37.57
Yauheni Zalaty (AIN): 6:42.96
Simon van Dorp (NED): 6:44.72

Nos oito com timoneiro, a Roménia venceu no feminino, confirmando o estatuto que trazia por ser bicampeã olímpica. Na final, as romenas venceram com mais de quatro segundos para o Canadá, campeão de Tóquio'2020, e mais de cinco para a Grã-Bretanha, que teve de contentar-se com o bronze.

1. Roménia, 5:54.39
2. Canadá, 5:58.84
3. Grã-Bretanha 5:59.51

Quanto ao oito com timoneiro masculino, o título foi para a Grã-Bretanha, neste caso com uma corrida bem mais intensa... pelo menos até aos últimos 500 metros. Aí, os britânicos atacaram e deixaram os holandeses para trás, vencendo com mais de um segundo. No terceiro posto ficou a equipa dos Estados Unidos.

1. Grã-Bretanha, 5:22.88
2. Holanda, 5:23.92
3. Estados Unidos, 5:25.28

Vamos lá começar a 'entrega' das medalhas? Começamos pelo tiro, que hoje assistiu ao regresso da Coreia do Sul aos títulos olímpicos. A responsável do feito foi Yang Jiin, que venceu há pouco a prova de pistola a 25 metros. A atleta de 21 anos superou na final, num shoot-off, a francesa Camille Jedrzejewski, dando ao seu país o primeiro ouro neste evento desde 2012.

Aliás, todo o pódio é histórico, já que Jedrzejewski conseguiu a primeira medalha no tiro francesa nos 'seus' Jogos Olímpicos, ao passo que Veronika Major, a 3.ª colocada, alcançou para a Hungria a primeira medalha de sempre neste evento.

É o que na gíria popular se costuma apelidar de 'atirar lenha na fogueira'. Ontem, depois de tanta polémica em torno da participação da argelina Imane Khelif nos Jogos Olímpicos, a Associação Internacional de Boxe (IBA) anunciou a decisão de premiar financeiramente a italiana Angela Carini, que foi derrotada pela magrebina nos quartos-de-final de 66 kg, como se tivesse sido campeã olímpica. Desta forma, Carini receberá os 50 mil dólares correspondentes, ao passo que a Federação Italiana e o seu treinador 25 mil cada.
 
"Não conseguia ver as suas lágrimas. Não fico indiferente a estas situações e posso garantir que vamos proteger todos os pugilistas. Não entendo por que razão querem matar o boxe feminino. Apesar atletas elegíveis devem competir no ringue pelo bem da segurança de todos", explicou Umar Kremlev, presidente da IBA, uma entidade que, ao contrário do COI, não permite que Khelif compita em combates femininos.

Além de Carini, a associação internacional vai também pagar o mesmo montante à usbeque Sitora Turdibekova, ontem derrotada por Lin Yu-ting, de Taiwan, outra atleta que não é considerada elegível pela IBA.

ANDEBOL

Torneio feminino
8:00 - Hungria-Holanda (Grupo B)
10:00 - Espanha-França (Grupo B)
13:00 - Brasil-Angola (Grupo B)
15:00 - Eslovénia-Suécia (Grupo A)
18:00 - Noruega-Aleamnha (Grupo A)
20:00 - Dinamarca-Coreia do Sul (Grupo A)

BASQUETEBOL

Torneio feminino
10:00 - China-Porto Rico (Grupo A)
12:30 - Sérvia-Espanha (Grupo A)

Torneio masculino
16:15 - Porto Rico-Estados Unidos (Grupo C)
20:00 - Sérvia-Sudão do Sul (Grupo C)

FUTEBOL

Torneio feminino (quartos de final)
14:00 - Estados Unidos-Japão
16:00 - Espanha-Colômbia
18:00 - Canadá-Alemanha
20:00 - França-Brasil

HÓQUEI EM CAMPO

Torneio feminino
9:00 - Grã-Bretanha-Argentina (Grupo B)
9:30 - Holanda-Japão (Grupo A)
11:45 - Austrália-Espanha (Grupo B)
12:15 - Estados Unidos-África do Sul (Grupo B)
16:00 - China-França (Grupo A)
18:45 - Alemanha-Bélgica (Grupo A)

VOLEIBOL

Torneio feminino
8:00 - Holanda-Rep. Dominicana (Grupo C)
12:00 - Japão-Quénia (Grupo B)

Torneio masculino
16:00 - Polónia-Itália (Grupo B)
20:00 - Canadá-Sérvia (Grupo A)

O dia vai ser intenso em termos de medalhas, já que hoje teremos 31 eventos para atribuir títulos.

Atletismo
18:35: lançamento do peso masculino
19:20: triplo salto feminino
19:55: estafeta 4x400m mista
20:20: 100m feminino
20:45: decatlo, evento final (1500m)

Badminton
14:00: pares feminino

Boxe
17:38: 60kg feminino

Ciclismo
10:00: prova de fundo masculino

Equestre
09:00: Dressage Grand Prix Special

Esgrima
18:00: sabre feminino por equipas

Ginástica artística
14:30: solo masculino
15:20: salto feminino
16:16: cavalo masculino

Judo
15:00: equipas mistas

Natação
19:30: 100m mariposa masculino
20:08: 200m estilos feminino
20:28: 800m livres femininos
20:58: estafeta 4x100m mista

Remo
09:18: single sculls feminino
09:30: single sculls masculino
09:50: Oito com timoneiro feminino
10:10: Oito com timoneiro masculino

Tiro com arco
13:33: individual feminino

Vela
13:05: windsurfing feminino
winsurfing masculino

Tiro
08:30: pistola a 25m feminino
14:30: skeet masculino

Surf
20:24: final masculina
21:36: final feminina

Ténis de mesa
12:30: singulares femininos

Ténis
11:00: pares masculinos
singulares masculinos