"Direita contará desde o primeiro minuto com a oposição firme do PCP", diz Paulo Raimundo

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Depois de ter já anunciado que apresentará uma moção de rejeição a um futuro Governo liderado por Luís Montenegro, o Partido Comunista Português (PCP) deixou junto do Presidente da República a promessa de fazer uma oposição firme "desde o primeiro minuto".

"A direita, nesse projeto de retrocesso, contará desde o primeiro minuto com a oposição firme do PCP, e não será pelo PCP que esse projeto será implementado no nosso país", afirma Paulo Raimundo, secretário-geral do partido numa declaração gravada difundida nesta sexta-feira, um dia depois de o dirigente comunista ter sido recebido em audiência por Marcelo Rebelo de Sousa.

Após o encontro, recorde-se, Raimundo não prestou declarações manifestando solidariedade com a greve geral de jornalistas que ontem se realizou.

Na declaração gravada, o secretário-geral do PCP resume a mensagem transmitida ao Presidente no encontro. O partido lembrou a crítica ao facto de o período que mediou entre a dissolução da Assembleia da República e eleições ter sido "demasiado longo" e lamentou também que desigualdades e injustiça sociais tenham ficado "fora do debate político".

Quanto aos resultados eleitorais – com o PCP a salientar mais de três milhões de votos na direita –, o partido garantiu oposição forte ao futuro Governo num Parlamento de direita maioritária. "Utilizaremos para isso todos os meios que estiverem ao nosso dispor, quer no plano institucional, quer no plano da ação e de combate onde for necessário, e foi isso que reafirmámos", afirmou Paulo Raimundo.

 
Nesta sexta-feira, é a vez de o Bloco de Esquerda ser reecebido por Marcelo Rebelo de Sousa. As audiências dos partidos com o Presidente da República prosseguem até à próxima quarta-feira, data que coincide também com o limite do prazo para apuramento da votação para as legislativas nos círculos da emigração.

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