Doçaria conventual pelos pés de Stanley

2 horas atrás 23

Quase dois meses depois da única vitória até aqui conquistada para a II Liga, o CD Mafra venceu a UD Leiria (2-1) e somou os três pontos pela primeira vez diante dos seus adeptos na presente época. Uma estreia de sonho de Tiago Ferreira - treinador dos sub-23 rendeu interinamente Carlos Vaz Pinto -, que permite ao emblema do Convento subir ao 13º lugar graças à noite, para mais tarde recordar, de Stanley Iheanacho. Já os leirienses surgem agora apenas um posto acima do lugar de playoff de manutenção.

Entre dois aflitos pela fuga aos últimos lugares e aos maus resultados - para a Taça de Portugal, os leirienses conseguiram derrubar um primodivisionário -, a partida desenrolou-se a um ritmo morno e sem rasgos suficientes para grandes ocasiões para marcar.

Estimulados pela chegada em cima da hora dos seus adeptos, a UD Leiria causou ilusão ótica com um par de ataques prometedores, mas rapidamente a tendência criada inverteu-se com o controlo evidenciado pelos mafrenses. 

O primeiro doce de Stanley

Ainda assim, as decisões no último terço não foram as melhores - Friday Etim não levou Kieszek na cantiga do seu chapéu e Daniel dos Anjos não deu pedal suficiente à sua bicicleta -, até que, na melhor jogada da etapa, o marcador funcionou.

Nibe e Bryan Passi entenderam-se na perfeição sobre a direita, cabendo ao central congolês centrar com a qualidade de um extremo para a cabeçada precisa de Stanley Iheanacho. Felino a livrar-se de Zé Vítor, o avançado emprestado pelo Midtjylland estreou-se a marcar pelo emblema do Convento e marcou a diferença ao intervalo, apesar da tentativa de reação dos visitantes.

Fazer pela vida e desfrutar da doçaria

No reatar da partida, chegou também o melhor período em toda a partida. No primeiro lance de relevo da etapa, o jovem avançado de 19 anos duplicou a contagem na cara de Kieszek, após lance desenhado pela capacidade de condução de Gui Ferreira e pela excelência do último passe de Friday Etim.

Em apuros e sem grandes argumentos que colocassem a vantagem anfitriã em causa, a UD Leiria foi capaz de reagir de pronto. Texel deixou Jair da Silva escapar junto à linha de fundo e, sem cerimónias, o extremo brasileiro serviu, com primor, a conclusão pronta de Crystopher.

Após este período frenético, a reação visitante  demorou a surgir- apenas dois remates até ao final da partida -, ainda que a melhor situação tenha sido desperdiçada por Daniel dos Anjos. Num penálti originado na mão na bola (duvidosa) de Texel vislumbrada por Luís Godinho, o poste esbarrou as intenções do avançado leiriense e, até final, prevaleceu a maior sobriedade mafrense.

Um doce saboroso, surgido em boa altura...

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